Morto nesta quarta-feira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o vereador Danilo Francisco da Silva, o Danilo do Mercado, engrossa uma estatística de violência no Rio. Desde 2018, já contabilizando o caso de Danilo, são pelo menos 24 políticos assassinados no estado. É como se, em média, um político fosse vítima de crimes deste tipo a cada 50 dias, aproximadamente.
A impunidade é uma marca nessas ocorrências. Segundo levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral (Giel) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), em 14 casos os inquéritos não foram concluídos e a autoria dos crimes permanece indeterminada. A principal linha de investigação da polícia aponta para a participação de milícias em um terço das mortes.
Em agosto do ano passado, Danilo do Mercado foi alvo de uma operação da Polícia Civil. O político era apontado como chefe de um grupo de extermínio e, segundo as investigações, ordenou a morte de dois homens dois meses antes da ação, em junho.
Ainda de acordo com a polícia, Danilo era suspeito pelos homicídios de Isaaque Almeida de Lima e Alex Silva de Bem, e pela tentativa de assassinato de Fernando Leandro da Silva. Os crimes aconteceram na Rua João Pinheiro, no bairro Parque Santa Lúcia.
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Danilo do Mercado teria mandado matar o trio após o grupo criminoso ao qual ele seria ligado tentar comprar um terreno de uma das vítimas. O homem teria se recusado a fazer negócio com o parlamentar e passou a ser ameaçado de morte. No dia do crime, homens armados passaram na rua e executaram a vítima, que estava com amigos.
Na tarde desta quarta-feira, o vereador foi assassinado ao lado do filho, Gabriel Francisco Gomes da Silva, de 25 anos, que também foi alvo de disparos e acabou morrendo. Os criminosos abriram fogo e fugiram em seguida.