O presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) disse nesta terça-feira (2) que vai enviar uma comitida de dez pessoas, chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo
, para tratar da importação de um
spray nasal
contra Covid-19, cuja eficácia ainda não é comprovada.
Segundo Bolsonaro, "parece um produto milagroso".
O EXO-CD24 , citado pelo presidente, é um dos tratamentos em estágios mais iniciais entre os registros de pesquisas clínicas. A fase 1 de testes começou em setembro de 2020 e, oficialmente, seria concluída em 25 de março.
A medida de Bolsonaro vem ao mesmo tempo em que o Brasil vive o pior momento na pandemia. Com apenas 3,2% da população vacinada, o país registrou hoje recorde de mortes por Covid-19: 1.726.
O presidente é criticado também pela falta de interesse para a formalização de acordos para compra de vacinas. A Pfizer, farmacêutica produtora da vacina de maior eficácia das aprovadas em todo o mundo, ofereceu 100 milhões de doses ao Brasil até o final deste ano. O governo, porém, ainda não se posicionou.