Ministro participa de reunião com o Senado
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Ministro participa de reunião com o Senado


O senado promove, nesta quinta-feira (11), audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello . Ele foi convidado pelos senadores para falar sobre as dificuldades enfrentadas pelo Brasil para agilizar a imunização da população contra a Covid-19.

Pazuello afirmou que o Ministério da Saúde vai imunizar toda a população ainda em 2021 . "Serão 50% das pessoas até julho e 50% até dezembro. A esperança continua sendo nossas vacinas. Já chegamos a 5 milhões de doses aplicadas das 11 milhões distribuídas e vamos fazer muito mais."

Ao ser questionado sobre a demora do governo brasileiro em adquirir as vacinas, ele defendeu que a única maneira de imunizar toda a população será fabricando as próprias vacinas, e que a produção começará em até 90 dias. "O que temos para fevereiro é o seguinte: o Instituto Butatan vai fabricar de 8 a 12 milhões de doses por mês na sua capacidade máxima. Para fevereiro, temos a entrega de um primeiro lote no dia 15, contendo de 6 a 8 milhões de doses."

O ministro também falou que há negociações com outros laboratórios da Rússia e da Índia para complementação da imunização, algo em torno de mais 30 milhões de doses também a partir do mês que vem. "Quanto a negociações, recebemos a primeira parte das doses da Astrazeneca, mas a produção em parceria com a Fiocruz só fica pronta no início de março."

Ainda durante sua participação, o ministro expôs que o governo federal foi "pego de surpresa" sobre os desdobramentos da pandemia . "Pensávamos e tínhamos observação técnica de tudo o que acontecia. No segundo semestre de 2020, vimos uma queda nos números. Estávamos focados na compra das vacinas para poder fazer o trabaalho final, que é manter a estabilidade no números de casos e voltar à normalidade. Mas essa ideia foi quebrada. Nos últimos 90 dias, países com capacidade de estrutura maiores que a nossa estão apresentando números de contágios e óbitos inacreditáveis."

Catástrofre em Manaus

Ainda durante a conversa com os senadores, Pazuello afirmou que os hospitais e dificuldades técnicas pelo caos vivido na capital do Amazonas. "Os fatos relatados puros e secos indicam deficiência na gestão dos hospitais por colapso e dificuldades técnicas em redes de gases. Em momento algum fala sobre falta de oxigênio, colapso de oxigênio ou previsão de falta de oxigênio", disse, lendo trecho de um relatório no plenário.

Em seguida, amenizou a responsabilidade do Ministério da Saúde. "Ficou claro que o Ministério da Saúde não tem qualquer competência para fabricação, distribuição e transporte de oxigênio. Ministério da Saúde não tem qualquer competência para gestão e saúde em estados e municípios. Zero competência", declarou.

Pazuello ainda disse que a variante do coronavírus de Manaus é três mais contagiosa que as demais. "Comprovamos em Manaus uma nova variante do vírus que e espalha pelo país, uma variante mais contagiosa. Graças a Deus tivemos a notícia clara de que as vacinas têm validade com essa variante ainda. É um trabalho que estávamos esperando chegar da análise do material colhido, mas ela é mais contagiosa, na nossa análise três vezes mais contagiosa."

Pedido ao Senado

A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) fez um requerimento que previa a convocação de Pazuello, o que obrigaria a participação do ministro. No entanto, após apelo do líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Rose substituiu a convocação por convite. 

"Embora não seja essa minha vontade diante da frieza, diante da ineficácia, diante da falta de destreza na administração do conflito que esse país está vivendo", disse a senadora em entrevista à Rádio Senado.


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