O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Júlio Garcia (PSD), foi preso na manhã desta terça-feira, na segunda fase da Operação Alcatraz , em Florianópolis. O mandado é para prisão domiciliar, segundo informou o advogado do deputado, Cesar Abreu, ao site G1.
Após a prisão, Garcia prestou depoimento na sede da Polícia Federal e, em seguida, voltou para a residência dele, onde cumprirá a prisão. Ele é suspeito de participar de esquema de fraudes que movimentou cerca de R$ 500 milhões.
No total, foram expedidos 34 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e nove de prisão temporária. Além do presidente da Alesc, o empresário Jefferson Colombo, dono da empresa Apporti Soluções em Tecnologia, foi preso preventivamente. Colombo, já foi genro da ex-mulher de Garcia, é apontado como operador financeiro de Garcia.
A Polícia Federal informou que não vai divulgar o nome dos demais presos. A segunda fase da operação, batizada de "Hemorragia", também foi realizada em Joinille (SC) e Xanxerê (SC).
Segundo as investigações , as fraudes envolvem contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. De acordo com a PF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de preços. Os investigados também apresentavam orçamentos de empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre elas.
Além dos mandados de busca, foram deferidas medidas cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros investigados e de se ausentar do país, e bloqueio de patrimônio dos investigados em valores que variam entre R$ 928 mil e R$ 37 milhões. O deputado Julio Garcia e o empresário Jefferson Colombo informaram, por meio da assessoria, que não vão se manifestar.