Helicóptero da Polícia Militar aguardando a chegada das doses em Niterói
Rafael Nascimento de Souza / Agência O Globo
Helicóptero da Polícia Militar aguardando a chegada das doses em Niterói

Após o atraso na chegada do lote da vacina CoronaVac ao Rio de Janeiro na tarde de segunda-feira, dia 18, a manhã é de movimento no Centro de Niterói, com o abastecimento dos helicópteros que farão o transporte das doses para os municípios mais distantes no estado do Rio.

Antes das 9h, cinco aeronaves já saíram para o interior do estado, sendo duas do Grupamento Aeromóvel (GAM) de Niterói e outras três do 12º BPM (Niterói), ambos no Centro da cidade, das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. Um dos helicópteros é do governo do estado, usado pelo governador em exercício Cláudio Castro.

Para a primeira fase da campanha de imunização contra a Covid-19, os fluminenses receberam 487.520 doses, que serão aplicadas em 232.521 pessoas de grupos prioritários, dos quais idosos com 60 anos ou mais e pessoas com deficiência que estejam em abrigos, povos indígenas vivendo em terras indígenas e trabalhadores da Saúde.

Inicialmente, a imunização deveria ter início na quarta-feira, dia 20, mas foi adiantada pelo Ministério da Saúde. Com o atraso do lote vindo de São Paulo, somente foi possível realizar a vacinação num ato simbólico, no Cristo Redentor, já no fim do dia.

Nesta manhã, o secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves, acompanha a logística de transporte das doses para os municípios das regiões norte e nordeste do estado do Rio. Por volta das 8h, ele embarcou no helicóptero responsável por levar as vacinas CoronaVac para Campos.

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"Houve um atraso no percurso, mas, o importante é que, hoje, a partir das 14h, todos os (outros) 91 municípios já poderão começar a vacinar. Todas as caixas estão documentadas em cada aeronave. Todos os municípios receberam os insumos. As pessoas não devem procurar postos de saúde. Nesse momento são os grupos de risco: a população mais atacada pela doença. Não distribuímos todas as doses, porque caso não haja mais produção, temos as suficientes para a segunda dose", disse o secretário.

Segundo Chaves, o controle da vacinação — que deve ser feita em duas fases, com espaço de 28 dias entre as aplicações — será realizado por cada uma das 92 cidades fluminenses. A fiscalização caberá à Vigilância em Saúde por meio de amostragem.

"Nós vamos fazer por amostragem. Nós estamos partindo do princípio de que todos são corretos. Então, a partir da amostragem, um João da Silva, Manoel da Costa, e vamos checar, e se, por um acaso, houver qualquer irregularidade, colocamos dentro das normas legais", disse Chaves em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, nesta manhã.

Na manhã de segunda (18), quando o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, embarcou para São Paulo, a expectativa era de que os municípios fluminenses recebessem as doses e pudessem começar a vacinação já no mesmo dia. O início da imunização foi marcada por uma cerimônia no Cristo Redentor, em que as primeiras vacinadas foram a idosa Terezinha da Conceição, de 80 anos, moradora de um abrigo federal, e a técnica de enfermagem Dulcineia da Silva Lopes, de 59 anos.

Questionado se houve “confusão” na entrega das vacinas da CoronaVac, por parte do governo federal e do estadual, o secretário Carlos Alberto Chaves afirmou que “aconteceu um problema na logística” e que a expectativa da imunização era a partir do dia 20, quarta-feira.

"Confusão é o termo errado. Não houve confusão. Foi um problema logístico causado por várias variantes. Eu nunca enganei ninguém (em relação à imunização). Eu sempre disse que a vacinação iria começar no dia 20. Não faço cena. Foi antecipada, ótimo. Mas, é preciso ter uma normatização. Vamos focar a ação direta por parte dos municípios. É o que nos cabe", finalizou o secretário.

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