Desmatamento na Amazônia bate recorde da década e cresce 30% em 1 ano
Pará registrou 42% da devastação da floresta; terra indígena com maior destruição está localizada no estado
O ano de 2020 foi, até o seu final, arrasador para a floresta amazônica . O bioma perdeu 8.058 km² de área verde, batendo o recorde da última década. É um índice 30% maior do que o visto em 2019 (6.200 km²). O levantamento é assinado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon.
O estado do Pará liderou o ranking do desmatamento . Nele ocorreram 42% de toda a devastação registrada no ano. Seis dos dez municípios com maior destruição da floresta são paraenses. A lista é encabeçada por Altamira (575 km²) e São Félix do Xingu (447 km²).
O Amazonas aparece como o segundo estado com maior área desmatada — o equivalente a 17,2% do total visto no ano — seguido por Mato Grosso (13,4%), Rondônia (12,9%), Acre (8.5%), Maranhão (2,9%), Roraima (2,5%) e, por último, Amapá e Tocantins (0,3% cada).
A unidade de conservação mais acometida pela devastação em 2020 foi a Florex Rio Pedro-Jacundá, em Rondônia, que perdeu 321 km² de área verde. Entre as terras indígenas, a Apyterewa, no Pará, foi a que mais produziu alertas de desmatamento.