A Mesa da Câmara dos Deputados decidiu nesta segunda-feira (18), que a eleição para a presidência da Casa ocorrerá de forma presencial para todos os parlamentares e no dia 1º de fevereiro. Por 4 votos a 3, a maioria dos deputados derrotou a possibilidade de qualquer participação virtual. O tema virou um embate político entre candidatos.
A decisão ocorre após o assunto gerar indisposição de Arthur Lira (PP-AL) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia defendeu que os deputados do "grupo de risco" para a Covid-19 votassem de forma virtual, por aplicativo de celular.
Lira, por sua vez, trabalhou para que todos estivessem no dia da eleição nas dependências da Câmara. O seu partido, o PP, fez uma consulta sobre o assunto, que foi deliberado nesta segunda.
"Essa questão já foi contemplada quando o TSE decidiu sobre as eleições (municipais)", disse Lira, defendendo que haja cuidados para o distanciamento social .
A Mesa também deve abordar as consequências da suspensão de deputados do PSL das atividades partidárias. Mais da metade da bancada do PSL defende a união da legenda ao bloco de Lira, entre eles os 17 deputados punidos. Caso haja uma nova decisão favorável a Lira, a sigla deixará de compor o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP).