Veja vídeo do momento que menina de 5 anos é baleada no morro do Turano, no Rio
Alice Pamplona da Silva de Souza, de 5 anos, foi atingida no pescoço durante queima de fogos durante a virada do ano
Um vídeo feito por familiares no momento da virada de ano, mostra o momento do tiro e o desespero dos parentes da menina Alice Pamplona da Silva de Souza, de 5 anos, morta no Réveillon, após ser atingida no pescoço por uma bala perdida . A tragédia aconteceu no Morro do Turano, no Rio Comprido, Região Central do Rio.
Parentes da garota filmavam a queima de fogos e faziam comentários descontraídos, quando ouviram o barulho estranho e perceberam que a menina tinha sido atingida pela bala perdida. Nesse momento, a descontração deu lugar ao desespero. O vídeo recebido pelo Rio de Paz mostra pessoas descendo uma escada desesperadas aos gritos de 'tiros'.
Alice também estava vendo os fogos com a mãe, Franciely Silva, que presenciou a cena da filha morta. A menina, que estava no colo da mãe , segundo sua madrinha, Mayara Aparecida de Souza, de 22 anos, foi atingida no pescoço.
Alice foi socorrida pelos parentes e chegou a ser levada para o Hospital Casa de Portugal, também no Rio Comprido, mas não resistiu. A menina morreu à 1h10 de sexta-feira, dia 1º. O Morro do Turano tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2010.
Segundo dados do Rio de Paz, que acompanha os casos de crianças mortas vítimas de armas de fogo no estado do Rio desde 2007, no ano passado, 12 crianças foram mortas nessas circunstâncias, ou seja, em média, uma por mês.
A ONG divulgou nota em que lamenta que a morte da menina do Turano tenha entrado para essa triste estatística e critica a falta de ações dos governos para evitar a entrada de armas e munições na região metropolitana do Rio.
"Logo no primeiro dia do ano, tomamos conhecimento de mais um caso de criança pobre que o Rio de Janeiro impediu de crescer. A menina Alice, de apenas cinco anos, moradora do Morro do Turano, entra para a estatística de meninos e meninas mortos por bala perdida, lado mais hediondo da criminalidade. O que os governos estadual e federal têm feito a fim de evitar a entrada de armas e munição na região metropolitana do Rio?", questiona no texto Antonio Carlos Costa, presidente do Rio de Paz.
A ONG lembra que há menos de um mês, as primas Emily Victória Silva dos Santos, de 4 anos, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7, foram atingidas por balas perdidas enquanto brincavam na porta de casa, ao lado das mães. O caso aconteceu no começo de dezemro, na comunidade do Barro Vermelho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.