Por cerca de duas décadas, uma mulher foi estuprada e mantida em cárcere privado por um homem de 67 anos na Região dos Lagos , no Rio de Janeiro . A Polícia Civil de Arraial do Cabo prendeu o suspeito após agentes no decorrer da investigação, descobrirem que o acusado vinha ameaçando a vítima.
Com as informações apuradas, a vítima hoje com 38 anos, disse em seu depoimento à polícia que foi levada para a casa do réu quando tinha somente 12 anos e vivia nas ruas da cidade do Rio pedindo dinheiro. O agressor havia lhe prometido um emprego, comida e moradia. Porém, logo quando chegou a casa, os abusos sexuais tiveram início.
O homem a levou para sua moradia, lhe apresentou para sua esposa e filho como uma filha de um relacionamento antigo. O acusado passou ameaçar a vítima dizendo que se ela contasse para sua família o que acontecia entre eles, voltaria para as ruas. Consequentemente, após anos de abusos, ela acaba engravidando do idoso, já maior de idade.
Ainda em seu depoimento à polícia, ela conta que além de ser abusada sexualmente, passou a ser agredida fisicamente e ameaçada após ela ter arrumado um namorado e dar indícios de que sairia de casa. A esposa do homem também passou a ser agredida.
A Delegada Patrícia de Paiva Aguiar declara que o acusado tentava anular a possibilidade da vítima levar uma vida normal. Em algumas ocasiões, ele chegou a permitu que ela saísse, mas a vítima nunca tinha coragem em procurar uma delegacia pois vivia sob ameaças e tinha medo do que ele poderia fazer. Até que um dia ela tomou coragem e contou tudo para o filho do agressor, que considerava como um irmão, o que vinha passando durante esses anos. Então, ele procurou a polícia para denunciar o pai e as investigações tiveram seu início.
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"Depois de anos de sofrimento, essa vítima, finalmente, teve coragem de contar para a família o que vinha acontecendo e pediu ajuda do irmão para salvá-la, pois o agressor a mantinha em cárcere privado" diz a delegada.
O agressor foi indiciado por coação no curso do processo, cárcere privado e estupro de vulnerável. Com os crimes somados, o homem pode pegar uma pena de até 24 anos de prisão. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do acusado após tomarem conhecimento de que ele estava ameaçando a vítima ao logo das investigações.
Ainda de acordo com a delegada Aguiar, mesmo com essa situação se prologando por todos esses anos, a família nunca desconfiou dos abusos e que o filho era do agressor, pois não imaginavam que a filha poderia ter sofrido um estupro.
"Nunca desconfiaram que o filho era dele (do idoso). Ele era agressivo e se escondia na capa de um pai protetor", declara a delegada Aguiar.