O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu, nesta quinta-feira, véspera de Natal, a prisão domiciliar ao empresário Cristiano Stokler Campos, que estava em Bangu 8. A informação foi divulgada pelo G1. O corretor de seguros é mais um dos presos na operação que afastou e prendeu o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que também deixou a cadeia na noite desta quinta-feira (24).
Ainda segundo o G1, o presidente do STJ, Humberto Martins, entendeu que a situação dos dois era a mesma: eles não oferecem perigo e, por isso, podem ficar presos em casa.
Segundo o Ministério Público,
Christiano fazia parte do suposto "QG da propina" — um esquema de corrupção que acontecia dentro da prefeitura —, abordava empresários prometendo facilidades e cobrava por isso.
Em setembro, a casa do empresário, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi um dos 22 alvos de mandado de busca e apreensão expedidos pela desembargadora Rosa Maria Helena Guita, do Primeiro Grupo de Câmaras Criminais. No local, os agentes encontraram R$ 25 mil em um cofre.
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Ainda foram apreendidos o celular, documentos e os computadores. A ação era um desdobramento da Operação Hades, que ficou conhecida como "QG da Propina”.
Crivella está em prisão domicilar sem TV e internet
Agentes da Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro (CIAF), acompanhados de oficiais de justiça, estiveram na casa do prefeito afastado Marcelo Crivella (Republicanos) na noite desta quarta-feira (23) para cumprir a determinação de retirar todos os telefones, celulares, computadores e smart TVs da casa de Crivella.
O político, que ficou 37 horas preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, acompanhou o trabalho dos policiais. Quem comandou o recolhimento dos objetos foi a delegada Ana Paula Costa Marques Faria, coordenadora do CIAF.
Para adequar o ambiente às restrições impostas pelo STJ, foram retirados da residência do prefeito afastado — no Condomínio Península, na Barra da Tijuca, — todos os telefones fixos, computadores, tablets, laptops, aparelhos de telefone celular e smart TVs.
A desembargadora determinou ainda que as empresas de telefonia fixa e internet fossem oficiadas para interromperem os respectivos sinais. Além disso, a magistrada intimou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para que colocasse a tornozeleira eletrônica em Marcelo Crivella.