A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), foi eleita nesta segunda-feira (30) para assumir cadeira no Órgão Especial da Corte. A magistrada é conhecida por ter publicado calúnias sobre a vereadora Marielle Franco, além de ofender uma professora e falar em fuzilar deputado.
O Órgão Especial da Corte é composto por 25 desembargadores e tem como uma de suas atribuições julgar autoridades com foro privilegiado.
Em outubro deste ano, a desembargadora foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio a pagar indenização à família de Marielle por ter dito em rede social que a a vereadora havia sido eleita pelo tráfico de drogas e que era "engajada com bandidos".
Ofensas e pedido de fuzilamento a depultado
Além das ofensas e calúnias à Marielle Franco, a desembargadora está envolvida em outras polêmicas. Em um grupo fechado em uma rede social, Marília Castro Neves comeotou a notícia que o Brasil era o primeiro país a ter uma professora com Síndrome de Down.
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"Aí, me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem? Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?", escreveu, à época.
Em 2015, a desembargadora atacou o então deputado Jean Wyllys dizendo que era a favor de sua morte.
"Eu, particularmente, sou a favor de um ‘paredão’ profilático para determinados entes. O Jean Wyllys, por exemplo, embora não valha a bala que o mate".
Ao Jornal Nacional, o até então deputado federal Jean Wyllys (PSOL) declarou que iria apresentar queixa-crime contra desembargadora por incitação ao crime de homicídio.