Uma mulher, de 23 anos, foi mantida em cárcere privado por três meses pelo companheiro em um sítio na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. Ele insistia que iria matá-la porque tinha “sede de sangue”. O homem acabou detido nesta segunda-feira (9), depois que a mulher conseguiu encaminhar fotos de seus ferimentos para uma amiga e esta, então, acionou a Polícia Militar (PM).
Aos policiais, o suspeito não negou a violência e disse já agrediu a mulher e que mantinha em casa também, sem licença, uma arma de fogo. Segundo a vítima também, corre na Justiça o julgamento do companheiro por ser suspeito de cometer um homicídio. Ela disse que ele teria ateado fogo em um travesti e o matado em seguida.
Violência
Quanto ao histórico de violência do namorado, ela ainda alegou que ele dizia com frequência que iria picá-la em pedaços, e depois os mandaria à família dela em Pernambuco.
O relacionamento entre os dois tornou-se violento há cerca de três meses, quando eles deixaram o Nordeste para morar em Minas Gerais. Na época, ele a convenceu a mudar-se porque teria que cuidar da mãe dele.
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Quando chegou à Minas Gerais, porém, ela descobriu que ele retornou porque mantinha pendências com a Justiça de mineira em função de uma suspeita de homicídio contra ele.
O homem chegou a ser detido logo que chegaram, mas foi solto no mês de agosto e a companheira decidiu dar uma chance a ele. Após ele ser solta e se mudar com ela para o sítio, a vítima relatou que o agressor passou a impedir que ela saisse e a manteve no cárcere.
Ela relatou que a situação piorou há cerca de uma semana quando o namorado a espancou, arranhou seu rosto e cortou seu cabelo com uma faca. Na sequência, ele teria dito inúmeras vezes nos dias seguintes que “para ele, matar era muito fácil”e que “não sentiria nenhum tipo de arrependimento”.
Fora as agressões físicas, o homem também teria torturado psicologicamente a mulher. Em seu depoimento, ela disse que ele iria levar outras mulheres para o sítio da família e manteria com elas relações sexuais bem na frente da companheira.
O agressor se defendeu afirmando que a companheira tem “cabeça fraca” e usa medicamentos controlados. Após a confirmação da denúncia pela vítima, o suspeito ficou muito irritado e, segundo a ocorrência policial, foi necessário algemá-lo.