Claudio Gastão da Rosa Filho , advogado de André Aranha, sentenciado por "estupro culposo" contra a influencer Mariana Ferrer já advogou a favor da extremista Sara Giromini e do filósofo Olavo de Carvalho.
O criminalista Claudio Gastão liderou a equipe de advogados que defendeu a ativista Sara Winter
no inquérito das manifestações antidemocráticas julgado pelo STF que investiga fake news e ataques à instituições durante protestos. Sara chegou a ser presa por cometer ameaça e injúria contra o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Contudo, Gastão trabalhou nesse caso por menos de três semanas, pois decidiu deixar a defesa, alegando que muitos advogados estavam trabalhando no caso, o que impossibilitava traçar uma estratégia única de defesa.
O advogado de Santa Catarina também representa Olavo de Carvalho em uma ação movida contra o historiador e jornalista Marco Antonio Villa, o acusando de calúnia, injúria e difamação.
O Tribunal de Justiça acatou o pedido da defesa do filósofo e "guru" bolsonarista no início de setembro. Em entrevistas, Villa chamou olavo de "pornofilósofo, marginal, traidor da pátria e falastrão".
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Caso Mariana Ferrer
Em um vídeo divulgado nesta terça (03), pelo The Intercept Brasil, Claudio Gastão humilha Mariana Ferrer durante audiência do caso que julgava André Aranha.
O advogado mostra fotos da jovem, da época em que ela era modelo, antes do caso, em 2018, em que ela estava em poses sensuais para reforçar que a relação teria sido consensual. Gastão definiu as poses da jovem como " ginecológicas ".
Em um momento da audiência, Claudio, irritado, diz que "jamais teria uma filha do teu nível", se referindo a Mariana Ferrer. A jovem chega a chorar durante o julgamento, realizado via vídeoconferência, e foi repreendida pelo advogado: "Não adianta vir com esse choro falso, dissimulado e essa lagríma de crocodila", dispara.
Em setembro, André de Camargo Aranha foi absolvido da acusação de estupro de vulnerável. Na sentença, o juiz Rudson Marcos aceitou a argumentaçã da defesa que afirmou que André cometeu " estupro culposo ". Como esse delito não está previsto na lei, ele foi absolvido.