O terapeuta Tadashi Kadomoto, que virou réu acusado de estupro de vulnerável
Foto: Reprodução/TV Globo
O terapeuta Tadashi Kadomoto, que virou réu acusado de estupro de vulnerável

O Ministério Público de São Paulo abriu uma nova investigação para apurar outras denúncias de abusos sexuais envolvendo o terapeuta Tadashi Kadomoto. De acordo com o MP, também serão investigados os integrantes da equipe dele, que teriam conhecimento dos casos, mas nada teriam feito para impedi-los. 

A apuração da Promotoria começou depois que mais quatro ex-pacientes e ex-alunas prestaram depoimentos formais, relatando que foram vitimas de abusos durante treinamentos do Instituto Tadashi Kadomoto e sessões de terapia individuais.


Esse não é o primeiro processo que o terapeuta está envolvido. Em outro processo, que já tramita na Justiça de São Paulo, Kadomoto é réu por estupro de vulnerável e lesão corporal grave causado a uma ex-treinanda.

Em duas investigações, até o momento, sete mulheres já formalizaram depoimentos contra o terapeuta. Ele nega ter cometido os crimes e gravou um vídeo no dia 12 de outubro, em que fala pessoalmente sobre o caso.

"Tenho falhas, cometo erros como todo ser humano, mas jamais cometi atos criminosos. Tenho fé que tudo será esclarecido e até lá vou me afastar das minhas atividades. Ao longo da história já vimos muitas reputações e famílias destruídas por acusações que depois se mostraram injustas, por isso estou à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários”, disse Kadomoto.

A Promotoria diz que a equipe de Tadashi Kadomoto era formada por mais de 20 profissionais, que acompanhavam os tratamentos e cursos mulheres que o denunciaram. 

Em entrevista ao G1, a promotora de Justiça Celeste Leite dos Santos afirmou que o principal investigado é o terapeuta. 

"O autor seria o senhor Tadashi, ele é o investigado principal, mas ele agia, em muitos casos, com auxílio material e moral de psicólogos do instituto, tinham até médicos presentes. De acordo com as vítimas que eu ouvi, elas falaram que isso era conhecimento de todos que frequentavam o instituto. Ou no começo do curso, ou no momento que saiam. Os cursos de Expansão da Consciência, que eram compostos por quadro módulos, uma semana a pessoa ficava enclausurada, todas juntas, muitas vezes ficavam em um contexto grupal só com roupas íntimas, e muitas sofreram abuso também de outros alunos, que não tinham sido consentidos. Era outro ambiente que propiciava esse tipo de atuação".

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