Governador do Rio diz que bombeiros farão vistorias mais rígidas em hospitais

Segundo governador, é preciso aguardar perícia para definir o que causou o fogo na unidade de saúde

Incêndio no hospital de Bonsucesso
Foto: Reprodução
Incêndio no hospital de Bonsucesso

Após o incêndio no Hospital Geral de Bonsucesso que deixou pelo menos duas vítimas fatais, o governador em exercício do Rio, Claudio Castro, disse nesta terça-feira que vai pedir uma análise mais criteriosa das unidades de saúde do Estado. A unidade não tinha certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros.

"O Corpo de Bombeiros, quando recebe denúncias, vão fazendo esse processo de fiscalização, de renovação de concessão. Certamente vou pedir para que a corporação faça uma análise mais criteriosa ainda do que já faz, e olha que ela é bem criteriosa, mas para que a gente possa evitar situações como essa", disse Castro, após participar de uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

O governador afirmou que é preciso esperar a investigação para avaliar os próximos passos.

"A fase agora é de perícia, a Polícia Civil deve inclusive estar fazendo essa perícia, para que a gente possa abrir um inquérito e, aí sim, encontrar o que aconteceu e, se for o caso, mandar para o Ministério Público, ou não mandar, dependendo do que o inquérito vai dizer o que aconteceu", acrescentou.

O incêndio no Hospital Federal de Bonsucesso causou a morte de pelo menos duas pacientes, ambas com quadro grave de Covid-19. A primeira, Núbia Rodrigues, de 42 anos, era radiologista em outra unidade e havia sido internada com sintomas da doença há poucos dias, após passar por atendimento em duas UPAs.

Ela não resistiu à transferência para o Hospital municipal Ronaldo Gazolla. A segunda vítima confirmada da tragédia, uma senhora que teria 83 anos, também tinha diagnóstico de coronavírus. Transferida para o CTI da maternidade do hospital, ela também acabou morrendo, com uma infecção pulmonar.