Bombeiros afirmam que material inflamável contribuiu para incêndio em hospital

Fogo começou no almoxarifado; Hospital de Bonsucesso não tinha certificado definitivo dos bombeiros

Paciente é resgatado de incêndio no Hospital de Bonsucesso
Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
Paciente é resgatado de incêndio no Hospital de Bonsucesso

No almoxarifado onde iniciou o incêndio do Hospital Federal de Bonsucesso nesta terça(27) havia bastante material inflamável, o que ajudou a propagar o fogo. O Tenente coronel Lauro Botto , porta voz dos bombeiros, porém, disse que ainda não se sabe se o armazenamento dos materiais, como fraldas geriátricas e papelão , estava adequado.

Os bombeiros foram acionado às 9h50 e chegaram no local entre 10h05 e 10h10, segundo o porta voz. O fogo foi controlado por volta das 11h, quando iniciou se a fase de rescaldo, ainda em curso nesta tarde.

A origem do incêndio foi o almoxarifado , que fica no subsolo do prédio 1, embaixo de uma das enfermarias de atendimento emergencial. O fogo chegou a subir para o primeiro e segundo pavimentos, mas não se alastrou para outros prédios do complexo. Por não ter atingido andares altos, não houve necessidade de utilização de escada magirus.

"Havia muita fralda geriátrica e material de papelão no local. Isso inclusive explica o motivo da fumaça muito densa —explicou Botto, que, por outro lado, disse não ser possível apontar se o armazenamento desse material estava sendo feito de forma correta.

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"Depois da operação, vamos levantar mais informações sobre as inadequações do prédio, com análise estrutural. Também não sabemos se o motivo foi falha elétrica, por exemplo", completou.

O porta voz afirmou que o hospital não possuía o Certificado Definitivo dos Bombeiros, como já havia sido confirmado pelo secretário da Defesa Civil e Comandante dos Bombeiros, coronel Leandro Monteiro.

Apesar das inconformidades estruturais, agravados pelo fato de tratar se de instalações antigas, os equipamentos de combate ao incêndio que o hospital possuía funcionaram, disse Lauro Botto:

— Nada faltou em relação a equipamentos, recursos hídricos ou humanos. Há duas cisternas no hospital, que foram suficientes. Mangueiras do sistema preventivo também não funcionaram. Nesse quesito não tivemos problemas.