Dois dias depois de um homem ser baleado ao entrar por engano numa rua que dá acesso à comunidade da Cidade Alta seguindo orientação de um aplicativo de trânsito, o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Dionísio Lins (PP), enviou ofício cobrando providências para as principais plataformas do tipo.
Ele quer que áreas de risco deixem de ser sugeridas como rotas . O parlamentar lembrou que esta não foi a primeira vez que pessoas são colocadas em risco por conta de caminhos sugeridos por aplicativos no Rio.
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"É fato que hoje estamos passando por um momento muito delicado na segurança pública, onde facções ocupam cada vez mais territórios e ditam suas regras. A retirada dos endereços considerados áreas de risco dos aplicativos e plataformas visa somente resguardar a segurança de todos que utilizam esse serviço", afirmou.
Atingido por um tiro disparado de uma barricada feita por traficantes na Estrada Porto Velho, próxima à Avenida Brasil, Christiano Coimbra de Mendonça foi operado no Hospital Getúlio Vargas na quarta-feira (22) e está em estado grave. Ele é gerente de produtos e projetos da Editora Globo.
Apesar dos aplicativos indicarem possíveis locais de risco nos mapas, o deputado diz que é preciso uma medida mais radical para evitar novas vítimas . "No ofício estamos determinando ainda que essas plataformas atualizem trimestralmente seus endereços e monitorem o surgimento de novas áreas consideradas de risco, protegendo assim os usuários de futuros problema", completou.
Procurado, o Waze , principal aplicativo de orientação no trânsito, afirmou que não vai comentar o caso.