A Polícia Civil de São Paulo está investigando cerca de 250 perfis do Twitter e do Instagram que tiveram participação em uma série de ataques contra a primeira-dama, Michelle Bolsonaro , neste ano.
Os boatos sobre um possível relacionamento amoroso entre ela e o ex-ministro Osmar Terra fizeram com que Michelle sofresse uma série de xingamentos nas redes sociais.
Na última quinta-feira (24), a primeira-dama solicitou ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), em São Paulo, o prosseguimento das investigações – abertas em abril – que têm o objetivo de identificar os donos desses perfis.
A ida de Michelle ao departamento provocou algumas informações desencontradas, como sobre um suposto pedido de censura à música da banda Detonautas .
De acordo com a Folha de S. Paulo, em seu depoimento à polícia, Michelle negou envolvimento amoroso com o deputado federal pelo MDB do Rio Grande do Sul e disse se tratar de uma mentira que a ofende “como esposa, mulher e mãe”.
Ainda segundo o jornal, ela completou dizendo ter ficado extremamente abalada com a série de ataques, que tiveram inclusive repercussão negativa no âmbito familiar.
Segundo Michelle, o estopim das insinuações foi uma publicação na revista IstoÉ, que falava sobre o “esforço de Bolsonaro para vigiar a mulher de perto”, o que, conforme a primeira-dama, levava o leitor a crer em um possível romance com o ex-ministro.
“A falaciosa notícia propalada [...] ganhou espaço na internet, ocasionando um sem número de ofensas e piadas infames em redes sociais envolvendo a declarante, colocando em xeque sua fidelidade, integridade, correção e decoro”, diz trecho do depoimento de Michelle.
Defesa
O advogado da vítima afirmou que ela irá decidir quais medidas tomar somente quando ter em mãos a lista dos suspeitos: “A primeira-dama vai ser optar por processar essas pessoas ou, quem se desculpar e retificar o que disse, ou tirar o post ofensivo, ela pode deixar de processar", afirmou.
Ainda conforme as informações do jornal, o advogado concluiu dizendo que a primeira-dama também apresentou uma notícia-crime contra o jornalista responsável pela reportagem mencionada, e ainda move ação por danos morais.