A Polícia Federal investiga a morte de Elias. A principal suspeita é de que o criminoso tenha cometido suicídio
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A Polícia Federal investiga a morte de Elias. A principal suspeita é de que o criminoso tenha cometido suicídio


O corpo do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco , será velado das 9h às 11h30 desta sexta-feira (25) na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. O  criminoso foi encontrado morto em uma cela na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná, na última terça-feira. O velório acontecerá no Centro Cultural Sócio Esportivo IBIS, ao lado do local conhecido como Campo da Ordem.


O Complexo da Penha era um dos redutos de Elias. Foi lá que o jornalista Tim Lopes desapareceu. Ele fazia uma reportagem sobre abuso de menores e tráfico de drogas em um baile funk da Vila Cruzeiro quando foi sequestrado por traficantes. Segundo as investigações, Tim foi torturado, julgado e executado pelos criminosos, que foram comandados por Elias Maluco.

Após passar pela Penha, Elias será velado e enterrado no Memorial do Rio , cemitério em Cordovil, também na Zona Norte. O corpo do traficante chegou ao Rio por volta das 19h desta quinta-feira (24) em um voo comercial. O traslado  até um aeroporto no Rio é de responsabilidade do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que administra os presídios federais.

A Polícia Federal investiga a morte de Elias. A principal suspeita é de que o criminoso tenha cometido suicídio , já que ele foi encontrado com um lençol enrolado ao pescoço. Também foram encontradas cartas de despedida na cela, endereçadas aos familiares de Elias. A PF investiga se as correspondências foram escritas por ele.

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Nos presídios federais, os presos ficam sozinhos em suas celas, sem contato com os outros detentos. Quando foi encontrado, Elias estava só, sem companhia de nenhum outro preso ou agente penitenciário. Laudo preliminar aponta que a causa da morte foi enforcamento .

De acordo com o delegado Daniel Martarelli, da Delegacia da PF de Cascavel, nas cartas encontradas há pedidos de perdão para os familiares, mas não há menção sobre a motivação para o suicídio.

"Não há um motivo, mas ele diz basicamente que não tem mais vontade de viver, pedindo perdão para a família. Diz que não é um ato de covardia , mas de coragem e se sentia pronto para realizar esse ato. Nas cartas não há nada que fale sobre motivação, ameaças. Eram cartas dirigida a cada um dos familiares, e pedindo perdão, para que eles entendessem", afirma.

Ainda de acordo com o delegado, os depoimentos e informações colhidas pela PF indicam se tratar de um "caso típico de suicídio". Matarelli frisou, no entanto, que é preciso esperar o laudo pericial ficar pronto, além de analisar imagens das câmeras de segurança do presídio, que já foram recolhidas.

Apesar da hipótese mais provável de suicídio, agentes penitenciários ouvidos relataram que Elias Maluco não apresentava nenhum tipo de comportamento que indicava que ele estivesse disposto a cometer suicídio. O corpo de Elias foi liberado no Instituto Médico Legal de Cascavel por seus advogados na tarde desta quarta-feira.

Condenado pela morte do jornalista Tim Lopes , Elias Maluco estava em presídio federal de segurança máxima desde 2007, quando foi enviado o primeiro grupo de presos do Rio, integrantes da maior facção criminosa do estado, para Catanduvas. Desde então, ele passou por outras unidades, como a de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Em 2017, ele retornou para o presídio no Paraná.

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