Com apenas cinco dias, Benício viveu um dos momentos mais difícil do seu pouco tempo de vida. Na noite de domingo (20), enquanto mamava no peito da mãe, o menino se engasgou e não conseguia respirar.
Desesperado, o pai do recém-nascido, Jefferson, saiu com a criança para buscar ajuda e encontrou uma equipe do 14ºBPM (Bangu) na localidade do Catiri, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um policial realizou a manobra de Heimlich , procedimento usado para desobstrução das vias aéreas superiores, no primeiro socorro ao garoto, e logo o levou para ser socorrido ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde ele recebeu atendimento e foi liberado .
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O que essa família não imaginava é que o herói do pequeno Benício vivenciou algo semelhante há 19 anos. O Sargento Medeiros, de 39 anos, viu o seu filho, Guilherme, então com sete meses, se engasgar com o leite materno.
Na época, ainda longe da PM e sem treinamento de primeiros-socorros, o agente não conseguiu ajudar o seu filho, uma tarefa que coube ao seu pai. Por isso, quando viu Benício na mesma situação, viu um filme passar na cabeça, mas manteve a calma .
"Quando peguei o Benício no colo, só lembrei do meu filho . Foi como se um filme passasse na minha cabeça. Na época, eu não tive capacidade de fazer o procedimento e o meu pai que fez. Agora, naquele momento, eu pedi muito a Deus que me ajudasse a ter tranquilidade para fazer a técnica, que ajudou o neném, tão pequeno. O pai estava desesperado . Dentro da viatura, ele só falava 'ajuda meu filho', 'salva o meu filho'", diz o policial.
Há 12 anos na PM, sargento Medeiros nunca tinha realizado o procedimento em um bebê. Acostumado a ajudar no resgate de vítimas de acidentes e demais ocorrências, viveu uma noite que jamais vai esquecer. Depois de ajudar a levar o pequeno Benício ao hospital e salvá-lo, ele foi visitar a criança ao lado de dois dos três companheiros que faziam o patrulhamento com ele, o sargento Santos e o cabo Soresini.
"Foi uma situação atípica. Estou acostumado com outros tipos de ocorrência. Mas mantive a calma e a tranquilidade para ajudar nesse caso. Conseguiu aplicar a técnica que aprendi na minha formação. Quando o Benício voltou a respirar um pouco, embarcamos direto para o hospital. Levamos só cinco minutos do local até a unidade e continuei fazendo a massagem no peito dele. Fico aliviado e feliz que o Benício está bem . Foi um grande susto", afirma.