Traficantes de drogas que agiam na fronteira do Brasil com o Paraguai, à frente de empresas laranjas, foram alvo da Operação Status, deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (11). Segundo a PF, o grupo tinha empresas de fachada, como construtoras, administradoras de imóveis, lojas de veículos de luxo, para lavar dinheiro obtido com o tráfico de cocaína. Foram apreendidos R$ 230 milhões em veículos, embarcações, aeronaves e imóveis.
A investigação começou em 2018. Foram analisadas contas de 95 pessoas físicas e jurídicas. Dos 8 mandados de prisão preventiva expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, seis já cumpridos.
Foram presos em Pedro Juan Caballero (cidade paraguaia), pai e dois filhos, que são apontados pela PF como os chefes do grupo. Outras três pessoas, ligadas às lojas de veículos de fachada, foram presos em Campo Grande e em Cuiabá.
Ao todo, foram cumpridos também 42 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná; e também nas cidades paraguaias de Assunção e Pedro Juan Caballero.
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A PF informou que no Brasil foram apreendidos 42 imóveis, duas fazendas, e 75 veículos, embarcações e aeronaves, cujos valores somados atingem R$ 80 milhões.
No Paraguai, a ação foi feita em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas, e apreendeu 10 imóveis, no valor aproximado de R$ 150 milhões. Nos dois países o valor dos bens apreendidos chegou a R$ 230 milhões, um recorde, segundo a PF.
Durante a investigação, a PF encontrou um vídeo de um show particular da dupla Bruno e Marrone no aniversário do principal chefe da organização criminosa. O evento, segundo a polícia, foi em 2017, na propriedade de luxo localizada no lago do Manso, na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.