Nova etapa de testagem para novo coronavírus no Rio começa amanhã (31)

No total, serão testados 3,2 mil moradores de seis comunidades da capital

A partir do 8º dia de infecção, o teste é capaz de indicar os que são produzidos em fases mais tardias ou após a recuperação
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
A partir do 8º dia de infecção, o teste é capaz de indicar os que são produzidos em fases mais tardias ou após a recuperação


A quarta etapa da testagem rápida para Covid-19 em comunidades cariocas começa amanhã (31) . Dessa vez, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vai levar a ação à Mangueira, ao Complexo do Borel, ao Jacaré, ao Jacarezinho, ao Santo Cristo e à Gamboa, onde 3,2 mil moradores serão testados ao longo da semana. O trabalho segue até sexta-feira (4).


A metodologia é baseada na escolha aleatória de áreas e moradores da comunidade. O sorteio das micro áreas a serem percorridas é realizado pelas equipes da Atenção Primária. As áreas já estão mapeadas pela Estratégia de Saúde da Família. De acordo com a SMS, a intenção da estratégia é ter cobertura representativa da população local.

Durante a ação nessas micro áreas, os agentes vão de casa em casa e oferecem o teste. Somente um membro da família é escolhido em cada residência. Nesse caso, a escolha é feita com a participação dos moradores. O teste rápido é aplicado na própria casa e a coleta de uma gota de sangue é feita após uma espetadinha na ponta do dedo. O resultado , segundo a SMS, sai na hora .

Você viu?

Além de identificar os anticorpos produzidos na fase inicial da doença, a partir do 8º dia de infecção, o teste é capaz de indicar os que são produzidos em fases mais tardias da doença ou após a recuperação do doente . Mesmo quem foi infectado, mas não apresentou sintomas, pode ser identificado.

Etapas anteriores

Nas três etapas anteriores foram testados 9.605 moradores de Realengo, Campo Grande, Rio das Pedras, Cidade de Deus, Rocinha e Maré. A testagem começou em 1º de junho e conforme o cronograma, até novembro, vai chegar a 19 comunidades de várias regiões do município. A meta é testar 20 mil pessoas que residem em favelas da capital.

A secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, disse que com a testagem será possível mapear o comportamento do vírus da Covid-19 e monitorar a contaminação nas diversas regiões da cidade. A opção por áreas mais carentes é porque nessas comunidades os moradores enfrentam maiores riscos sanitários, têm maior vulnerabilidade social e mais dificuldade de manter o isolamento social recomendado para evitar propagação do novo coronavírus .

A SMS vai também identificar o percentual de infectados pelo Sars-CoV-2 . As informações ajudam na elaboração do planejamento estratégico de ampliação das atividades econômicas e serviços em geral.

Após a coleta dos dados pelos agentes de saúde da Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância de Saúde (Subpav), as informações são encaminhadas à Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa), responsável pelo georreferenciamento das informações para alimentar o Painel de Inquérito Soroepidemiológico Covid-19 desenvolvido por técnicos do Instituto Pereira Passos (IPP).