Com o avanço de pesquisas para encontrar uma vacina contra Covid-19 , o volume de notícias falsas ou distorcidas no Brasil e no mundo tem aumentado. Nos últimos 2 meses, o crescimento foi de 383% e quase quintuplicou, segundo estudo da União Pró-Vacina (UPVacina).
O grupo, que é ligado à USP de Ribeirão Preto, se embasou em pesquisa realizada pela Avaaz, que revela que os portais de notícias falsas tem quatro vezes mais alcance do que órgãos que transmitem informações confiáveis, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As notícias falsas sobre questões sanitárias foram acessadas quase 4 bilhões de vezes no Facebook nos Alemanha, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido, aponta a pesquisa da Avaaz.
A abordagem, segundo UPVacina, também cresceu de acordo com as informações disseminadas pela imprensa. Posts relacionados à vacina nesses portais eram de 18 postagens no mês de maio. Os números foram maiores nos meses de junho (50) e julho (87), quando o assunto começou a entrar em alta.
O idioma das notícias falsas é predominantemente em português (65,16%), mas também foram encontrados em inglês (22,58%), espanhol (7,74%), italiano (1,94%) e russo (1,29%). Cerca de 24% deles afirma que a vacina não é eficaz e 27% criam teorias da conspiração.