Gabriel Monteiro vai ser reintregado à PM por conta de regra no regulamento interno
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Gabriel Monteiro vai ser reintregado à PM por conta de regra no regulamento interno

Após ser  expulso da PM por deserção, o youtuber Gabriel Monteiro se reapresentou ao 34º BPM (Magé) nesta quarta-feira e será reintegrado à corporação. A medida é prevista no regulamento interno da PM.

De acordo com a PM, Monteiro "será reintegrado à tropa e responderá em liberdade pelo crime de deserção, assim como continuará incurso na Comissão de Revisão Disciplinar (CRD), instaurada contra ele anteriormente por quebra de hierarquia". O procedimento pode culminar na sua exclusão definitiva da corporação.

A expulsão de Monteiro foi publicada no boletim da PM desta terça-feira. Como a reportagem revelou, o soldado faltou o serviço para o qual foi escalado no dia 22 de julho deste ano e permaneceu até o dia 31 sem dar qualquer satisfação sobre seu paradeiro à corporação.

Ao todo, ele completou oito dias ausente, o que configura o crime de deserção previsto no artigo 187 do Código Penal Militar. Segundo nota enviada pela PM, "o comando da unidade enviou viatura ao endereço do policial, diariamente, a partir do segundo dia de ausência, repetindo o procedimento até completar o prazo. Em nenhuma dessas visitas o policial foi localizado".

Nesta quarta-feira, Monteiro alegou que estava de licença médica no período. A PM, entretanto, afirma que "o documento não foi apresentado pelo policial militar ao comando do 34º BPM".

A corporação ainda acrescentou que o soldado, "por faltar ao serviço 52 vezes durante o período em que trabalhou efetivamente como militar e de cometer outras transgressões, recebeu conceito 'mau' em sua ficha disciplinar, a pior das cinco classificações previstas no regulamento da Corporação: excepcional, ótimo, bom, insuficiente e mau".

Ainda segundo a corporação, desde que foi transferido para o 34º BPM, em março, Monteiro "foi escalado em 45 serviços, tendo faltado a 20 dentre os quais, apenas seis de forma justificada".

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Gabriel já respondia a um processo administrativo disciplinar desde março deste ano, ocasião em que teve o porte de arma suspenso. O soldado, que tem mais de três milhões de seguidores nas redes sociais e é conhecido por defender o governo Bolsonaro, cometeu uma "transgressão disciplinar de natureza grave", de acordo com a corregedoria da PM, ao tratar "de forma desrespeitosa" o ex-comandante geral da PM coronel Ibis Silva Pereira. O processo administrativo também poderia levar à expulsão de Gabriel.

Confira a nota da PM na íntegra:

No caso do referido policial militar, ele não se apresentou ao serviço no 34ºBPM (Magé) desde o dia 22 de julho. Seguindo o regulamento interno da Corporação, o comando da unidade enviou viatura ao endereço do policial, diariamente, a partir do segundo dia de ausência, repetindo o procedimento até completar o prazo. Em nenhuma dessas visitas o policial foi localizado.

Em relação à licença médica que justificaria sua ausência, de acordo com informações que circulam nas redes sociais, o documento não foi apresentado pelo policial militar ao comando do 34º BPM. Este é o procedimento válido, conforme previsto no artigo 43 da Resolução 210 da Corporação.

Na tarde desta quarta-feira (05/08), após a publicação de sua expulsão, o policial se apresentou na sede do 34°BPM.

A partir deste fato, o Soldado Gabriel Monteiro será reintegrado à tropa e responderá em liberdade pelo crime de deserção, assim como continuará incurso na Comissão de Revisão Disciplinar (CRD), instaurada contra ele anteriormente por quebra de hierarquia.

Vale ressaltar que, por faltar ao serviço 52 vezes durante o período em que trabalhou efetivamente como militar e de cometer outras transgressões, o referido Soldado recebeu conceito “mau” em sua ficha disciplinar, a pior das cinco classificações previstas no regulamento da Corporação: excepcional, ótimo, bom, insuficiente e mau.

Acrescente-se ainda que o Soldado Gabriel foi apresentado no 34º BPM em 16 de março e que até o dia 30 de julho (data em que se consumou a sua deserção) foi escalado em 45 serviços, tendo faltado a 20 dentre os quais, apenas seis de forma justificada.

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