Estudantes da escola americana Avenues São Paulo , que cobra uma mensalidade de aproximadamente R$ 12 mil reais mensais, não tiveram aulas on-line durante a quarentena. Ao menos é isso que denuncia um grupo de pais de alunos.
"Foi a única escola desse nível que não oferece ensino à distância. Mandavam fazer pesquisas sobre temas genéricos, mas não havia acompanhamento em caso de dificuldade nem controle das atividades", diz a mãe de um garoto de 9 anos para a coluna de Paulo Sampaio , do portal UOL .
Instalada em um terreno de 40 mil metros quadrados na zona sul de São Paulo, a instituição é uma unidade da matriz de Nova York e chegou ao Brasil em 2018 vendendo a ideia de uma educação global e "transformadora", com foco no "protagonismo do aluno".
A instituição de ensino foi vista pelos pais como uma possibilidade de incrementar a rede de contatos profissionais dos filhos e ficou conhecida na capital paulista por ser a mais cara instituição de ensino.
A Avenues entrou em quarentena no início de março após um estudante ter contraído o novo coronavírus. Em abril, um grupo de pais teria assinado um e-mail solicitando à direção um abatimento nas mensalidades . De acordo com o colunista da UOL , a lista conta com mais de 150 assinaturas.
Em nota, a instituição disse que não planeja oferecer descontos ou reembolsos para este ano letivo e assume que isso pode "ser frustrante" aos familiares. Ao mesmo tempo, a Avenues teria se colocado à disposição para dialogar com familiares que eventualmente estivesse com dificuldades financeiras para quitar as mensalidades.
"A Avenues não tem intenção de obter vantagens financeiras com o fechamento do câmpus, e não temos ciência de qualquer benefício nesse sentido. Com base nas informações atuais e no que estamos fazendo, antecipamos um ganho financeiro nulo para o ano letivo de 2020-21", disse a instituição.