Segundo secretário, não há indícios de que PMs mataram jovem

Moradores afirmam que Guilherme, de 15 anos, foi assinado pelos agentes

Guilherme foi morto a tiros na Vila Clara, zona sul de São Paulo
Foto: Ponte/Arquivo
Guilherme foi morto a tiros na Vila Clara, zona sul de São Paulo


A morte do adolescente Guilherme, assassinado a tiros na Vila clara, bairro da zona sul de São Paulo, na divisa com Diadema, não teria sido provocada por policiais militares, afirma o coronel Álvaro Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar em São Paulo, nesta terça-feira (16).

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Segundo o UOL, o coronel disse não haver indícios  de que os policiais militares estejam envolvidos no homícidio. No entanto, Camilo ressalta que nenhuma hipótese foi descartada pela investugação. 

"Um carro preto pegou esse garoto perto da casa dele e depois foi encontrado morto após umas três, quatro horas. E tinha ali uma tarjeta, que é aquela identificação de um policial militar ao lado dele ou sobre o corpo do menino. Não tinha naquele momento nenhuma operação policial sendo realizada naquela região", disse o coronel durante uma entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo.

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Ainda de acordo com Camilo, o governo lamenta a morte do adolescente, mas afirma que o homicídio não ocorreu durante uma operação militar. Uma tarja com a identificação da PM foi encontrada próxima ao corpo de Guilherme. 

"Não teve operação policial, não tem nenhum indicativo de que aquilo tenha sido cometido por policiais militares. Porém, não está descartado também, todas as hipóteses estão sendo avaliadas. Quem tiver informação , o Disque Denúncia é para isso mesmo, ajudem a polícia a elucidar. Até o momento, não há indicação de que tenha policiais envolvidos na morte lamentável do garoto Guilherme", acrescentou.

Vídeos flagram agressões

A noite de ontem (15) foi marcada por protestos contra a morte de Guilherme. Moradores da Vila Clara foram às ruas. Na confusão, manifestantes depedraram quatro ônibus e quatro trólebus. 

A Polícia Militar foi acionada para dispersar a multidão, mas a ação aconteceu, supostamente, à base de agressões . Vídeos feitos por moradores - e divulgados nas redes sociais - mostram policiais militares abordando as pessoas, violentamente, em três ocasiões. Nas imagens, manifestantes são agredidos com o uso de cacetetes.