Em março e abril, o Ministério da Saúde cortou ao menos R$ 12 milhões dos recursos para diálise. Com menos verba e mais demanda, clínicas conveniadas ao SUS, que dependem do repasse, não tem conseguido atender todos os pacientes e sofrem com a falta EPIs contra o novo coronavírus (Sars-coV-2). Cerca de 3.000 pessoas aguardam na fila para realizar o tratamento.

Presidente Jair Bolsonaro
Agência Brasil
Presidente Jair Bolsonaro

O corte foi feito porque uma portaria do Ministério da Saúde  estabeleceu que durante 90 dias a transferência de recursos para os estabelecimentos de saúde seria feita com base na média dos gastos dos últimos 12 meses. Isso porque alguns hospitais passaram a gastar menos durante a pandemia de Covid-19 , já que deixaram de fazer cirurgias eletivas.

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Todavia, este não é o caso das clínicas de diálise. Algumas, ao contrário, chegaram a dobrar a capacidade de atendimento. No Paraná, por exemplo, em apenas duas clínicas, os cortes já chegam a quase R$ 1 milhão. Em São Paulo, apenas três clínicas somam mais de R$ 300 mil de cortes. 

De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, só 8,75% dos municípios têm a tecnologia que simula a função dos rins. Para piorar, quase metade (47,5%) das 29.849 máquinas estão no Sudeste.

Procurado, o Ministério da Saúde afirmou que busca garantir a assistência adequada aos pacientes que precisam continuar o tratamento com diálise e hemodiálise. "[Com a pandemia ] os atendimentos poderiam ter alguma queda, o que impactaria no valor a ser recebido pelas instituições. Ou seja, a medida visa evitar perdas e garantir a continuidade do tratamento". As informações são da Folha de SP .

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