STJ decide manter investigação do caso Marielle Franco no Rio
Até hoje não se sabe quem são os mandantes do crime, cometido em 14 de março de 2018; familía de Marielle é contra a federalização
Por iG Último Segundo |
O Superior Tribunal de Justiça decidiu, nesta quarta-feira (27), pela permanência do caso Marielle Franco na justiça do Rio de Janeiro. A família de Marielle era contra a federalização do caso.
Até hoje não se sabe quem são os mandantes do crime, cometido em 14 de março de 2018. Dois suspeitos de terem matado a vereadora e o motorista Anderson Gomes, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, estão presos atualmente.
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A investigação é conduzida pelo Ministério Público do estado do Rio e a Polícia Civil fluminense.
Em setembro de 2019, a então procuradora geral da República, Raquel Dodge, solicitou a federalização do caso. Posteriormente, o pedido foi endossado por Augusto Aras, atual procurador geral da República.
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O Instituto Marielle Franco, criado pelos familiares de Marielle para cobrar respostas quanto ao crime, comemorou no Twitter:
VITÓRIA! Por 5x0 no STJ a federalização do caso Marielle e Anderson já está NEGADA! Foram mais de 150 mil pessoas e mais de 200 organizações da sociedade civil assinando contra a federalização, e inundamos as redes com a hashtag #FederalizaçãoNão
— Instituto Marielle Franco (@inst_marielle) May 27, 2020
Não temos como agradecer o apoio! pic.twitter.com/A4bzeAks1I
A ministra Laurita Vaz, relatora do processo, afirmou que "não há sombra de descaso, desinteresse, desídia ou falta de condições pessoais ou materiais das instituições estaduais encarregadas por investigar, processar e punir os eventuais responsáveis pela grave violação a direitos humanos decorrente dos homicídios de Marielle e Anderson."
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A relatora resaltou que não há motivos para a federalização do caso. "Constata-se notório empenho da equipe de policiais civis da Delegacia de Homicídios e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (...), o que desautoriza o atendimento ao pedido de deslocamento do caso para a esfera federal."