Um grupo de 34 organizações e movimentos evangélicos divulgou uma carta que pede a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), defende o isolamento social como medida de combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2) e a ciência e ainda pede que as igrejas continuem fechadas para evitar aglomerações.
Nas eleições de 2018, os evangélicos tiveram grande papel no apoio a Bolsonaro. No entanto, ultimamente parte dos fiéis começaram a dizer que o presidente age de forma antiética e dá "provas de que não está à altura do cargo".
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O documento recebe o título de "O governante sem discernimento aumenta as opressões - Um clamor de fé pelo Brasil". Entre as questões levantadas no texto está a acusação de que o governo federal "atenta contra a vida humana ao invés de praticar a justiça e compaixão pelos pobres". O trecho faz referência a uma passagem bíblica.
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As organizações também declaram apoio às universidades, centros de pesquisa, pesquisadores e cientistas que estão desenvolvendo estudos sobre o novo coronavírus, incluindo para a criação de uma vacina contra a Covid-19 . Elas ainda repudiam os pronunciamentos de Bolsonaro contrários às recomendações de especialistas da saúde.
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"Reconhecemos a ciência como dom de Deus para cuidar da vida humana e toda a sua criação. A fé e a ciência são aliadas, caminham juntas e exaltam o poder divino", diz o texto. "Nossa gratidão e solidariedade para com os profissionais de saúde que têm experimentado grande desgaste físico e emocional."
Nesta quinta, informações divulgadas pelo Ministério da Saúde mostram que os óbitos no Brasil chegaram a mais de 20 mil. Já o número de casos confirmados passou 310 mil . O aumento fez o País passar o Reino Unido, sendo que nesta semana o Brasil ainda deixou para trás a Espanha.