Atendimentos à distância do SUS são destinados a pacientes suspeitos da Covid-19
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Atendimentos à distância do SUS são destinados a pacientes suspeitos da Covid-19


Nesta quinta-feira, 21, foi determinado pelo ministro Benjamin Zylmer, do Tribunal de Contas da União (TCU) que o  Ministério da Saúde deve explicar a contratação da empresa Topmed Assistência à Saúde, encarregada do serviço Telesus, do Sistema Único de Saúde ( SUS ), durante a pandemia do novo coronavírus .

Há dez dias, o Ministério Público (MP) afirmou que havia sobrepreço em contrato. O serviço foi contratado no dia 14 de março, ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta (DEM). Ele foi demitido em 16 de abril .

O MP observou também que o preço do teleatendimento foi aumentado e, agora, é mais caro que o atendimento prestado presencialmente no SUS. Enquanto cada consulta presencial custa R$ 12, esse preço é de R$ 21 no atendimento à distância.

No entanto, constava no contrato que cada paciente teria um custo de R$ 5,80 para a Topmed. O primeiro contrato estava orçado em R$ 26 milhões, mas chegou a R$ 144 milhões.

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Zymler definiu que responsáveis pela contratação sejam chamados para esclarecimentos. Assim, devem estabelecer, em seguida, quais atuantes no Ministério devem falar.

Sobrepreço em teleatendimento

No dia 11 de maio, o Ministério da Saúde foi acusado de contratar serviço de atendimento à distância com sobrepreço pelo Ministério Público de Contas. O “Telesus” serviria para fazer o atendimento de pessoas com suspeita de Covid-19 para não precisarem sair do isolamento social e se dirigirem para unidades de pronto atendimento, caso não fosse necessário.

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O possível paciente buscaria o atendente pelo 136 para que fosse orientado. Os responsáveis pelos atendimentos teriam de ser formados em alguma especialidade da área da saúde. A pasta da Saúde afirma que cerca de 78 mil pessoas foram atendidas só no primeiro mês.

A Topmed expressou não haver sobrepreço ou irregularidades no contrato de seis meses, que foi “firmado em observância às disposições da lei”, mas não ofereceu dados e números de atendimentos realizados. Além disso a empresa diz ainda não ter recebido recursos do ministério.

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