Depois de 30 anos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello admitiu ter errado quando confiscou a poupança dos brasileiros, em 1990. Ele usou o Twitter para explicar os motivos que fizeram seu governo, à época, confiscar algo em torno de 100 milhões de dólares, equivalente a 30% do PIB em 1990.
“Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo e também do País. Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, afirmou Collor em seu Twitter.
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A inflação foi o motivo principal para que a equipe econômica tomasse medidas mais radicais para tentar contralar a situação. “Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação: 80% ao mês”, disse Collor.
O novo pacote de mudanças ‘ Brasil Novo ’, popularmente conhecido como ‘ Plano Collor ’, não apenas confiscou as poupanças como também mudou a moeda (de cruzado novo para cruzeiro ), criou um novo imposto em operações financeiras, aumentou tarifas em serviços públicos – como contas de água e luz – demitiu cerca de 81 mil funcionários públicos entre outras medidas pouco populares.
Para Collor, o país estava no “limite” e pessoas estavam “passando fome”. “O Brasil estava no limite! Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo , tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação ”, comentou.
“Eu e a minha equipe não víamos alternativa viável naquele início de 1990. Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros”, conclui o ex-presidente.
Confira na sequência a íntegra do comunicado de Fernando Collor :
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