Leitos de UTI
Governo de São Paulo/reprodução
Leitos de UTI

SÃO PAULO - A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo lançou, nesta terça-feira, um edital de chamamentopúblico para utilizar 100 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes infectados por coronavírus.

Segundo o edital, o prazo de vigência do contrato será de 90 dias, podendo ser renovado de acordo com as necessidades da epidemia por coronavírus. Não haverá licitação. As propostas serão analisadas por ordem crononógica de apresentação, até atingir o total de leitos necessários. Por cada leito de UTI, a prefeitura vai pagar R$ 2.100 por dia.

A prefeitura já havia dito, no início do mês, após a realização de um inventário de leitos de hospitais privados, que poderia usar vagas ociosas para pacientes com Covid-19. Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, a capital tem 247 hospitais privados, sendo que 107 são responsáveis pela gestão de 3.907 leitos. Outros 140 hospitais administram 255 leitos.

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A estimativa da prefeitura é contratar cerca de 800 leitos para atender pacientes do SUS. Dois contratos já foram assinados no final de abril, também ao custo de R$ 2.100 por leito, por dia.

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A taxa de ocupação de leitos de UTI do SIUS para pacientes com graves sintomas de coronavírus tem sido uma preocupação para autoridades de saúde em São Paulo. Hoje, segundo o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, 85,7% das UTIs da capital estão ocupadas. Já em todo o estado, a situação é melhor, com 69,1% de ocupação.

Em todo o estado, há 5.815 pacientes internados em enfermarias. Já em UTIs, são 3.720 pacientes.

Hospitais lotados

Como na capital a situação é mais complicada, ao menos seis hospitais municipais de São Paulo têm, hoje, taxas de ocupação de UTIs superiores a 95%. Segundo o secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido, as UTIs desses hospitais não receberão novos pacientes entre hoje e amanhã para desafogar os atendimentos.

A situação é mais crítica nas zonas Norte e Leste. Na Zona Norte, há dois hospitais com UTIs lotadas: Doutor José Soares Hungria, em Pirituba, e o Hospital Vereador José Storopolli, na Vila Maria. Na Zona Leste, a situação é crítica no Hospital Planalto, em Itaquera, no Inácio Proença de Gouvêa, na Mooca, e no Municipal de Cidade Tiradentes. Na Zona Sul, há registro de apenas um hospital superlotado: Hospital Saboya.

De acordo com Aparecido, os seis hospitais são referência para atendimento de Covid-19, portanto não estão sendo tratados pacientes com outras doenças. No entanto, explica o secretário, pacientes que precisarem de atendimento nessas regiões específicas devem buscar as Unidades de Pronto Atendimento e as Unidades Básicas de Saúde e, em caso de gravidade, serão realocados a outros hospitais da capital.

- O que estamos fazendo é não mandar mais pacientes para esses hospitais. Mas eles ainda estão recebendo pacientes de baixa e média complexidade, na enfermaria. Deslocamos para outros hospitais se houver necessidade, pois essa ocupação de leitos de UTI é muito dinâmica - explicou o secretário.

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