Os conselhos de saúde que representam os Estados e municípios junto ao Ministério da Saúde rejeitaram as "diretrizes" da pasta que recomendam níveis diferentes de isolamento social de acordo com o números de mortes e casos confirmados da Covid-19 . A estratégia vinha sendo defendida pelo ministro Nelson Teich há vários dias para combater a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
A decisão, que foi tomada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), teve como argumento mais forte para não dar apoio às regras o aumento de casos e mortes pela Covid-19. No sábado, dados do Ministério da Saúde mostraram que o número de óbitos passou de 10 mil no Brasil, lembrando que existe subnotificação.
Outro risco citado pelos representantes dos estados e municípios foram as dúvidas que poderiam ser causadas sobre a mensagem de isolamento social. Para eles, parte da população poderia ser incentivada a sair de casa devido às diretrizes diferenciadas.
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"Enquanto estivermos empilhando corpos, não tenho como discutir isso", disse o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame ao jornal O Estado de São Paulo .
Segundo essas diretrizes, o governo federal não tem poder de impor restrições ou flexibilizações a cidades e estados. O objetivo, segundo a pasta, é de somente orientar, permitindo efetivamente que os governadores e prefeitos tenham.