Compras de respiradores no Rio de Janeiro também são investigadas
Agência Brasil
Compras de respiradores no Rio de Janeiro também são investigadas

A compra de 152 respiradores , que não funcionam , está sendo investigada pelo Ministério Público Federal no  Pará  . O governo do estado pagou R$ 50 milhões pelos aparelhos importados da China, mas eles chegaram com problemas técnicos que impedem o uso. Os defeitos foram constatados na hora da instalação em seis hospitais do estado que atendem pacientes com  Covid-19  e necessitam ampliar o número de leitos de UTI .   

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O MPF prendeu um empresário em Belém, na última sexta-feira. Um dos investigados está envolvido também na venda de equipamentos com defeito ao governo do Rio de Janeiro e foi preso com mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio. No total, cinco pessoas foram presas e a suspeita é que o grupo agiu nos dois estados, fraudando contratos sem licitação, feitos sob regime de urgência. As vendas incluíam, além de respiradores, testes rápidos para Covid-19, Equipamentos de Proteção Individual e máscaras.

Na última sexta-feira, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou ter recebido apenas 52 respiradores dos mil comprados pelo governo do estado para tratamento de vítimas do coronavírus. Além disso, os equipamentos eram diferentes dos requisitados na compram e não servem para os pacientes de Covid-19.

Na quinta-feira, O ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriell Neves e outras três pessoas foram presas, suspeitos de integrar uma organização criminosa que visava a obter vantagens em contratos emergenciais - quando há dispensa de licitação - para a aquisição de respiradores

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Em Roraima, o Ministério Público de Contas pediu investigação para apurar superfaturamento na compra de respiradores. O procurador Paulo Sousa afirma que os aparelhos não foram entregues e custaram mais que o dobro do valor cobrado no mercado nacional. Um único aparelho teria custado R$ 215 mil. Estados como Minas Gerais conseguiram comprar respirador por R$ 59 mil.

Outra irregularidade, segundo o procurador, foi o pagamento antecipado de R$ 6,4 milhões. O governo de Roraima disse que criou uma força-tarefa para analisar as compras da Secretaria de saúde do estado e o titular da pasta foi exonerado do cargo.

Também uma compra de respiradores feita pelo governo de Santa Catarina está sob investigação. Neste sábado, uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em 12 municípios de quatro estados - além de Santa Catarina, a operação ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O governo catarinense adquiriu 200 respiradores por R$ 33 milhões, para usar em pacientes de Covid-19. O pagamento foi antecipado, mas os aparelhos ainda não foram entregues pela empresa Veigamed.

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O MP de Santa Catarina concluiu que a compra, feita de emergência e sem licitação, não atendeu requisitos básicos de cautela, como a garantia de entrega dos produtos.

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