Além dos grupos de risco, pessoas entre 20 e 39 anos estão contraindo o vírus e adoecendo de forma grave
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Além dos grupos de risco, pessoas entre 20 e 39 anos estão contraindo o vírus e adoecendo de forma grave

O Brasil rejuvenesceu a Covid-19. E o município do Rio de Janeiro, onde 43% das internações são de pessoas entre 30 e 49 anos, é o retrato da face jovem do novo coronavírus no país, destaca a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz.

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Ela foi a primeira a advertir, com veemência, ainda em março, que o país “rejuvenesceria” a doença, como resultado da combinação da pirâmide etária brasileira com o baixo grau de distanciamento social.

"Não estamos falando de casos leves ou assintomáticos. Nos referimos a pessoas que adoeceram com gravidade e engrossaram a triste estatística de casos confirmados. E casos confirmados em nosso país, sem testes e com altíssima subnotificação, são os mortos e os internados em hospitais com um quadro grave da Covid-19 ", salienta Dalcolmo, que integra o comitê científico que assessora o governo do estado do Rio de Janeiro no combate ao novo coronavírus .

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A pneumologista se uniu ao especialista em análises numéricas Domingos Alves, do portal Covid-19 Brasil, que tem se destacado pelo acerto de suas projeções da pandemia de coronavírus, para investigar e analisar o impacto da doença no Brasil. O portal reúne cientistas e estudantes de várias universidades brasileiras. 

As análises levaram em conta dados oficiais do Ministério da Saúde, do Portal da Transparência do Registro Civil e do próprio portal Covid-19 Brasil, que faz estimativas dos casos subnotificados e projeções da evolução da pandemia. O especialista em informática biomédica Filipe Bernardi detalhou os dados por bairro da cidade do Rio.

"É fácil observar no boletim oficial do município o impacto da Covid-19 nas pessoas entre 30 a 49 anos, que representam 43% do total. A despeito do número de óbitos ser maior nas idades mais avançadas, existe um significativo percentual de jovens sendo internados", diz Alves, especialista em modelagem computacional e líder do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.

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Ele observa que, de maneira geral, os óbitos no Brasil seguem a tendência mundial, de serem mais prevalentes em idades acima de 60 anos (85%).

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