Um recente levantamento publicado pela Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Bruno Covas (PSDB), aponta que o novo coronavírus (Sars-coV-2) tem mortalidade maior em jovens da periferia do que em regiões nobres da capital paulista.
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Os números são relativos às mortes por Covid-19 ocorridas até o último dia 17 de abril e mostram que subprefeituras como a do Campo Limpo (zona sul), por exemplo, chegaram a ter a maioria das vítimas entre pessoas com menos de 60 anos.
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"Percebe-se maior proporção de óbitos em faixas etárias inferiores na área mais excluída", afirma o relatório. Segundo o documento, nas regiões com melhores condições sociais, 90,4% das mortes ocorrem nas faixas etárias acima de 60 anos. Nas áreas mais carentes, esse percentual só é alcançado se considerada a população com 40 anos. "Isso se deve, provavelmente, à maior prevalência de condições debilitantes de saúde", aponta relatório.
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De acordo com Denize Ornelas, diretora do Sincato dos Médicos de São Paulo, a pobreza e a dificuldade de acesso aos tratamentos de saúde estão entre as possíveis causas deste dado. "As condições de vida são piores. Não por acaso, essas são pessoas que não podem fazer quarentena contra Covid-19 , [geralmente] são motoboys, porteiros, faxineiras", afirmou.