Comércio terá que se adaptar para uma realidade completamente diferente até a criação de uma vacina
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Comércio terá que se adaptar para uma realidade completamente diferente até a criação de uma vacina

De acordo com a doutora em crises financeiras , Monica de Bolle, a retomada da economia mundial dependerá da adaptação de todos os setores do comércio. Durante uma transmissão no canal do biólogo Dr. Atila Iamarino, a pesquisadora-sênior do Peterson Institute afirmou que as medidas restritivas deverão adotar o padrão de “zigue-zague”, até que uma vacina de nível global seja disponibilizada.

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“Em nosso passado há uma realidade que não existe mais. Teremos que conviver com períodos de quarentenas intermitentes , por necessidades de saúde, que vão trazer uma queda para a economia”, afirma a doutora. “A maneira como entendemos consumo, produção e investimento deve mudar”. 

Segundo a Dra. de Bolle, pelo fato de não se tratar de uma crise de natureza econômica, ela deverá ser combatida com medidas que devem seguir uma série de variáveis. “A maneira como a economia vai se comportar na saída da crise é totalmente diferente de tudo que já vimos antes. Se tivermos um cenário de quarentenas intermitentes, a economia vai se comportar da mesma forma (subindo e descendo)”, afirma.

“Novo normal” 

A crise causada pela Covid-19 deverá afetar o mercado geral por algum tempo, uma vez que empresas precisam trabalhar com previsibilidade. “Essas idas e vindas irão marcar o processo de retomada da economia. Todos os setores trabalham com um horizonte que não irá mais existir”, afirma a especialista. “Vai ser uma retomada muito volátil em zigue-zague, subindo e caindo. Então, é de fato um completo novo normal”.

De acordo com a especialista, não há como fazer qualquer comparação sobre os novos rumos da economia tomando epidemias anteriores como base. “Nunca tivemos algo desse tipo na saúde e na economia. Não há qualquer coisa no passado que sirva de corrimão. Ao longo do tempo, teremos que ver como as coisas funcionam”, finaliza de Bolle. 

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