Durante a coletiva realizada na tarde de hoje (15), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , afirmou que ainda não há resposta sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes da Covid-19 em estado grave. “Ela começou como um conceito. Se não for usada para o coronavírus, será usada contra a artrite, malária e lúpus”, disse o ministro.
“A cloroquina pode fazer o coração bater errado e antecipar um infarto ou uma arritmia ”, afirma Mandetta. “Quando se dá cloroquina para uma pessoa de 70 ou 80 anos, essa pessoa pode morrer, pois ela acelera o coração.”
Mandetta afirma que a Sociedade Brasileira de Cardiologia precisa se pronunciar sobre o uso da cloroquina em pacientes que estão no grupo de risco. “Manaus (AM) tinha mais de 30% dos pacientes em arritmia, portanto interromperam. O planeta terra está pesquisando. Então, é da ciência que teremos sempre as melhores respostas”, disse ele.
Governo divulga novo remédio
“No laboratório, ela mata bem o vírus. Outras drogas também matam muito bem o vírus in vitro. Há um novo remédio que também está mostrando resultados”, diz Mandetta, fazendo referência ao medicamento que tem 94% de eficiência no combate à Covid-19, anunciado na manhã de hoje pelo ministro Marcos Pontes. De acordo com Pontes, o novo remédio (que teve seu nome mantido em segredo) tem poucos efeitos colaterais, e será testado em 500 pacientes da Covid-19.
Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, o nome do remédio não foi revelado para evitar desabastecimento em farmácias. Quando o governo anunciou o uso da cloroquina no tratamento de casos graves da Covid-19, o remédio poderia ser adquirido sem receita nas farmácias, causando escassez para pacientes regulares.