Feiras livres já haviam sido autorizadas a cada 15 dias no Rio
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Feiras livres já haviam sido autorizadas a cada 15 dias no Rio

Em um passeio por bairros do Rio, é como se a vida voltasse, aos poucos, ao normal. O isolamento social parece se afrouxar entre a população apesar de novas medidas para que permaneça. No dia em que passa a valer as restrições de horário de funcionamento de estabelecimentos e de indústrias, a fim de conter as aglomerações nos transportes públicos e evitar a propagação do novo coronavírus, no início da manhã o cenário era de longas filas para embarque no BRT e ônibus trafegando com passageiros em pé.

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Nesta segunda-feira foi publicado o decreto do prefeito Marcelo Crivella definindo o início do turno da indústria para antes das 6h e do turno do comércio (salvo exceções) a partir das 9h. Apesar da medida, em bairros como Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade, a rotina parecia ser seguida sem tais restrições. Por volta das 6h, segundo informações do Bom Dia Rio, programa da TV Globo, uma longa fila de passageiros se formava para embarcar na estação do BRT Santa Cruz. Alguns respeitavam o distanciamento indicado para evitar a contaminação por coronavírus, com no mínimo 1,5 metro, mas nem todos seguiam. Os ônibus, por determinação da prefeitura, só podem deixar os terminais se não houver passageiros em pé.

Pouco antes das 8h, a fila de passageiros esperando para embarcar tinha terminado. No entanto, a aglomeração foi para outro ponto do bairro: as portas de bancos. Em frente a duas agências bancárias, idosos estavam muito próximos uns aos outros, somente alguns usando máscaras. O atendimento para este público foi motivo de discussão desde o início das medidas de isolamento social. Na última quinta-feira, (2), o decreto do prefeito Marcelo Crivella foi suspenso pela Justiça. Logo, pessoas com 60 anos ou mais voltaram a lotar esses estabelecimentos.

A quantidade de pessoas na praça onde fica a estação de BRT estava maior d que nos últimos dias. Um supermercado abriu as portas por volta das 8h, uma hora antes do permitido pelo novo decreto.

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Na Avenida Brasil , policiais militares fiscalizavam os ônibus que passavam. Os passageiros que estavam em pé, eram retirados dos veículos e embarcavam no próximo, caso houvesse bancos disponíveis, conforme mostrou a reportagem do Bom Dia Rio . O movimento de veículos na via chamou a atenção da equipe do GLOBO, aparentemente, bem mais intenso do que nos últimos dias. O tráfego, bem como o número de pedestres e de ciclistas, também enchia as ruas de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Antes das 9h, um mercado estava em funcionamento, desrespeitando as novas medidas.

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