Arquipélago enfrenta impacto econômico com fim do turismo em quarentena
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Arquipélago enfrenta impacto econômico com fim do turismo em quarentena

Com a suspensão da entrada de moradores e turistas no arquipélago de Fernando de Noronha , o administrador-geral da ilha, Guilherme Rocha , acredita que a contenção do novo coronavírus (Sars-CoV-2) deve ocorrer nos próximos 30 dias.

Com sete casos confirmados, Rocha aposta no monitoramente dos pacientes doentes e nas medidas de prevenção, com o isolamento social e restrição ao trânsito na ilha, para cessar a disseminação do vírus.

Mesmo com uma queda absoluta nas receitas, já que Noronha depende 95% do turismo e do ISS (imposto arrecado com as empresas), ele diz que "não é hora de fazer contas, e sim de salvar vidas".

Rocha afirma ainda que mesmo com a contenção da disseminação do novo coronavírus prevista para os próximos 30 dias, não há previsão de reabertura para a entrada de pessoas na ilha. A volta do trânsito de pessoas só deverá ser reestabelecida quando a situação no continentes estiver sob controle.

O governo de Pernambuco determinou a suspensão da entrada de pessoas na ilha de Fernando de Noronha por um período de 15 dias como uma das medidas para conter a disseminação da Covid-19.

Leia:  Exército defende isolamento social como medida de combate à Covid-19


Entrevista com Guilherme Rocha

O que foi levado em conta para fechar a entrada de turistas e moradores em Fernando de Noronha?

Você viu?

Isso já era um debate que vinha sendo feito desde quando começou a se estudar a ideia de fechar o aeroporto para turistas (fechado desde 21 de março). Naquele momento, se achou mais sensato apenas para turistas. Só que com o passar do tempo e o desenrolar da pandemia no estado, o anseio da população aumentou pelo fechamento do aeroporto.

Eles alegam que o trânsito de moradores saindo da ilha para o continente e depois voltando colocaria em risco a propagação do vírus no arquipélago e estaria prejudicando quem está em isolamento, seguindo as orientações das autoridades sanitárias.

Isso foi levado para a mesa do governador Paulo Câmara, que debateu junto às autoridades da secretaria de Saúde e com o próprio secretário e decidiu vetar o acesso temporariamente por 15 dias, podendo ser prorrogado de acordo com a situação.

Até quando a ilha pode permenecer "fechada" para conter o novo vírus?

Apesar de acreditar que podemos vencer o vírus dentro de 30 dias, ainda não temos noção de quando poderemos reabrir a ilha. Uma coisa é vecer aqui dentro, outra coisa é saber quando vamos poder permitir o acesso de pessoas do continente para cá.

Sabemos que a crise econômica que estamos passando vai perdurar. A população já entendeu. O momento não é de fazer contas, é de salvar de vidas. Não estamos preocupados com os gastos. Se foi pra dar cesta básica, vamos dar, se for preciso comprar água e gás, nos compramos.

Depois pensamos no prejuízo, mas o estado tem lastro para arcar com o prejuízo. Vamos salvar vidas.

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