Em transmissão por uma rede social da prefeitura, o prefeito Marcelo Crivella disse na noite deste domingo que depois de uma reunião de duas horas com a comunidade científica houve consenso que as medidas restritivas devem ser mantidas ao longo deste mês. Crivella, no entanto, não disse até quando as restrições vão prosseguir. E disse que há setores da economia - citando o comércio - para retomar as atividades.
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O prefeito citou os 42 óbitos já confirmados até agora como justificativa para manter as restrições. A cidade tem ainda mais 44 casos sob investigação. "Nossa preocupação era poder atender a todos. Mas na rede privada, estadual e militar somados os casos, os números inspiram muitos cuidados. Pedimos que as pessoas continuem a adotar medidas de isolamento social. Que as pessoas evitem andar nos ônibus a pé. E faço um apelo aos motoristas de ônibus que parem os veículos se eles. Essa crise vai passar. Mas já foram 42 mortes em março. Precisamos manter o afastamento social este mês para não perder tantas vidas como em março", disse o prefeito.
Crivella acrescentou que a epidemia não impede que as pessoas, mesmo reclusas, de darem uma caminhada, por exemplo, na orla. Desde que evitem aglomerações. O prefeito participou da transmissão de casa, sem usar máscara. Crivella, que não fez o teste definitivo que poderia descartar se está ou não doente, tossiu quatro vezes durante a transmissão.
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"Por amor a você, a sociedade e a Deus mantenham as medidas de afastamento social que foram determinadas. E se você tem alguma comorbidade, fique na sua quarentena, independente de ser idoso. Mesmo se trabalhar na indústria ou outro setor e tiver problemas , fique em casa na sua quarentena", acrescentou o prefeito.
Decreto deve criar horário de trabalho de categorias
Em mais uma tentativa de reduzir aglomerações nas ruas da cidade e no transporte público, o prefeito Marcelo Crivella
anunciou neste domingo que pretende editar - provavelmente nesta segunda-feira, um decreto delimitando o horário para o funcionamento de alguns setores da economia do Rio. Segundo o prefeito, a medida foi tomada porque teriam fracasso as tentativas de acordo com empresários para estabelecer horários diferenciados na entrada e na saída do expediente, reduzindo o movimento no rush matinal e o fim da tarde.
Crivella
não antecipou quais seriam as escalas que pretende fixar. A decisão foi tomada após uma nova reunião do gabinete de crise. A ideia de escalonar os horários surgiu pela primeira vez em 13 de março,quando a prefeitura anunciou as primeiras medidas para tentar conter o avanço da epidemia,como suspensão das aulas na rede pública, cancelamento das férias dos profissionais de saúde, sem suspensão de licenças para eventos, bem como de eventos culturais em equipamentos da prefeitura.
Na ocasião, o prefeito afirmara que havia combinado com empresários que o primeiro horário da indústria seria às 6 horas, o comércio as 8 horas e os serviços, as 10 horas. Neste domingo, a prefeitura não confirmou ainda se essa escala será seguida e a partir de quando seria válida.
"O início do primeiro turno será para os setores das fábricas, depois as atividades essenciais e, na sequência, o setor de serviços. Essa medida tem por objetivo acabar com a lotação dos meios de transportes, evitando aglomerações contagiosas. Todos os esforços feitos pela Guarda Municipal, Polícia Militar e pelos fiscais da Secretaria municipal de Transportes se mostraram ainda foram insuficientes. Por falta de implementação voluntária, passará a vigorar por força de lei", disse o prefeito, neste domingo.
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Crivella disse ainda que o juiz federal da 9ª Vara Criminal, José Eduardo Nobre Mata, requisitou à Prefeitura que apresente projetos de combate ao novo coronavírus para, a partir daí, liberar recursos sequestrados pela Justiça na operação Lava Jato
. "Usar o dinheiro desviado no esquema de corrupção que estraçalhou as finanças públicas para ajudar a população é perfeito. Já determinei que os secretários apresentem projetos o mais rápido possível", disse o prefeito.