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Caixões são lacrados e velório é reduzido a céu aberto
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Caixões são lacrados e velório é reduzido a céu aberto

As medidas para evitar a aglomeração de pessoas e a propagação do novo coronavírus mudaram a rotina nos 21 cemitérios do Rio de Janeiro. Desde 19 de março, quando foi divulgada a primeira morte no estado, até a última terça-feira (31), foram 21 sepultamentos e/ou cremações com óbitos relacionados à Covid-19 .

Diversas ações preventivas e protocolos sanitários devem ser adotados nesses casos, segundo a Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma).

Depois de constatada a morte, o corpo é levado diretamente do hospital para o cemitério, uma vez que o preparo, chamado de tanatopraxia , não deve ser feito na unidade hospitalar. Os corpos devem ser entregues envoltos em plástico preto . No cemitério, o agente funerário deve lacrar os caixões . O velório deve ocorrer a céu aberto, sem capela. Depois dessa etapa, o caixão deve seguir direto para a sepultura ou crematório .

Ainda de acordo com a secretaria, técnicos de segurança do trabalho fizeram treinamentos com empregados de todos os cemitérios. Foram confeccionadas cartilhas e folhetos tanto para os empregados quanto para os visitantes. O álcool em gel está disponível nos escritórios dos cemitérios e nos locais de maior circulação de pessoas. Além disso, todos os empregados foram orientados a usar os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários: touca/gorro, óculos, máscara, avental e luvas.

De acordo com a secretaria, a capital tem 13 cemitérios públicos e a administração é de responsabilidade das concessionárias Rio Pax (6) e Reviver (7). “Além da prestação dos serviços funerários, as concessionárias devem cuidar da construção, instalação, manutenção e conservação de todos os bens móveis e imóveis das unidades”, informou.

O restante dos cemitérios tem administração particular, entre ele, o Jardim da Saudade de Sulacap e o Israelita.

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Mesmo com o período de isolamento social , a secretaria informa que tem mantido a rotina diária de fiscalização nos 21 cemitérios da capital. “Para garantir que todos os procedimentos quanto aos serviços de sepultamento ou cremação sejam realizados conforme as orientações dos órgãos”, apontou.

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Determinações

Portaria da Vigilância Sanitária do município, publicada em 24 de março, determina “o estabelecimento de rotinas de asseio e organização dos ambientes onde ocorram o preparo e a manipulação de cadáveres, devendo as instalações, superfícies, os objetos e instrumentais de contato ser higienizados após cada uso”.

A portaria orienta ainda para que o mínimo de pessoas (manipuladores) entre em contato com o corpo , evitando o uso de quaisquer equipamentos que produzam partículas em suspensão. Além disso, o tempo de contato do manipulador deve ser reduzido e não é permitida a maquiagem do corpo.

Os EPIs dos empregados e os demais resíduos devem ser descartados adequadamente e com tratamento de infectantes. Ainda conforme a portaria, deve ser dada a preferência pela cremação ao sepultamento ou embalsamento.

Por causa das medidas de prevenção, o enterro do acadêmico Afonso Arinos de Mello Franco (Afonso Arinos, filho), de 89 anos, no dia 16 de março, por exemplo, não seguiu a tradicional cerimônia no mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Cemitério São João Batista, na zona sul do Rio.

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Casos confirmados

O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) confirmava a existência de 832 casos de Covid-19 e 28 óbitos por complicações da doença no estado.

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