Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, é um dos coautores da pesquisa
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Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, é um dos coautores da pesquisa

Um estudo publicado nesta quarta-feira (1) por pesquisadores e pesquisadoras da Universidade de Harvard e do Brasil aponta que pode faltar leitos no país a partir de abril como resultado da epidemia causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). O estudo diz ainda que uma das alternativas do governo para lidar com o avanço da doença é colocar hospitais privados com leitos de UTI sob o controle estatal .

O estudo é assinado por sete pesquisadores, entre eles a demógrafa Márcia Castro, da Universidade de Harvard , e o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.

O estudo fez duas simulações sobre a necessidade de leitos de UTI decorrentes das internações causadas pela Covid-19. Em uma delas, 5% das internações precisavam desse tipo de equipamento. Na outra, mais agressiva, 12% demandavam uma UTI.

Nos dois cenários, o estudo aponta que o Brasil poderá ter falta de leitos, UTIs e respiradores a partir de abril. A pesquisa mostra que a falta de leitos poderá ocorrer a partir de 21 de abril e a de respiradores mecânicos deverá acontecer alguns dias depois.

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O estudo diz ainda que, na medida em que há diferenças estruturais entre as diversas regiões do país, a falta desse tipo de equipamento deverá acontecer em momentos diferentes.

Veja:  Brasil tem 240 mortes e 6.836 casos confirmados de Covid-19

O estudo sugere como alternativa para "aliviar" o problema que todos os hospitais privados sejam colocados sob o controle do Estado . Os pesquisadores apontam que essa medida já foi tomada na Espanha, um dos países mais afetados pela Covid-19.

O estudo diz ainda que a epidemia de Covid-19 "provavelmente irá exacerbar desigualdades existentes se aqueles que dependem exclusivamente do SUS forem atingidos de forma mais dura".

A pesquisa afirma que nas áreas mais densamente populosas e com infraestrutura precária , é "não é realístico praticar o isolamento social" e que nessas áreas a "transmissão deverá ocorrer rapidamente".

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