A Polícia Civil começou a intimar suspeitos no caso das supostas ameaças feitas ao governador de São Paulo, João Doria, no meio da crise do coronavírus. Investigadores vão ouvir nesta quarta-feira um dirigente do PSL no interior do estado. Ele está entre as pessoas que encaminharam mensagens de Whatsapp a Doria na semana passada.
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Presidente municipal do PSL no município de Santa Isabel, Odair José da Silva, prestará depoimento na tarde desta quarta-feira na delegacia da cidade. Ao GLOBO ele confirmou ontem que mandou mensagem ao governador mas negou que tenha feito ameaças ao político.
O governador registrou na quinta-feira passada um boletim de ocorrência denunciando ter sido alvo de ameaças e injúrias . Segundo ele, mensagens enviadas ao seu telefone celular indicavam possíveis atos violentos a serem realizados em frente à sua casa.
Integrantes do governo paulista enxergaram a ligação entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e as ameaças recebidas por Doria . As mensagens foram disparadas após governador e presidente protagonizarem um bate-boca numa videoconferência para discutir a pandemia no país.
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Silva é dono de uma lanchonete em Santa Isabel e disse que recebeu o número do celular do governador pelo Whatsapp de um amigo.
"A situação está tão difícil aqui para todos os comerciantes que eu mandei a mensagem para mostrar como o povo está sofrendo. Não foi uma ameaça. Até estava duvidando que era dele mesmo o telefone. Eu escrevi pedindo para ele liberar os comércios a abrir senão eu a gente ia bater na porta da casa dele. Foi só isso", afirmou. Até o momento a Polícia Civil não se pronunciou sobre as investigações.
As ameaças denunciadas por Doria
ocorreram após a escalada das tensões entre o tucano e Bolsonaro. Os dois discordam sobre a adoção do isolamento social dos que podem ficar em casa para combater a Covid-19
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Assessores do governador disseram, na ocasião, que mensagens recebidas indicavam o local da residência de Doria e tinham conteúdo de baixo calão e fatos ofensivos à sua honra.