Ministro da Saúde, Luiz Mandetta
Agência Brasil
Ministro da Saúde, Luiz Mandetta

O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou na tarde desta terça-feira (17), durante uma coletiva de imprensa realizada em Brasília que o país irá atravessar partes mais complicadas da pandemia do Covid-19, o novo coronavírus. Ele também comunicou que transmissão comunitária no Rio e São Paulo estão sendo investigadas. Há 8 mil casos suspeitos no Brasil, com 291 casos confirmados e 1 morte registrada no país, em São Paulo. 

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Um pedido enfático do ministro foi a respeito da população idosa no Brasil. “Teremos em torno de 20 semanas a partir do surto que serão extremamente duras para as pessoas. Cuidem dos idosos. Crianças são assintomáticas e não desenvolvem uma coriza. Pedir para que os avós não os beije e não dê colo é duro. O momento agora é de proteger. Quanto menos idosos, menos leitos de CTI precisarão ser utilizados".

Ainda de acordo com Mandetta , em média, 15% dos pacientes serão hospitalizados e é acima da média normal do paciente para outras doenças. O ministro disse que países de primeiro mundo estão vivendo o colapso na saúde , mas que estão sendo estudadas medidas para ampliar leitos e telemedicina, que será fundamental para o combate do vírus.

“Vamos precisar de muitos leitos para aqueles pacientes que não são graves o suficiente para CTI e não são leves o suficientes para casa. Essa vai ser a grande demanda. Isso pode exigir transformação de leitos que não são clássicos de hospitais e de escolas como locais de emergência para que tenhamos grandes ofertas adicionais”.

A maioria dos casos confirmados se concentram em São Paulo, com uma média de idade de 40 anos, de acordo com Julio Croda, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis.

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“A transmissão comunitária tem elevado as taxas de letalidade . Média de internação são de 14 a 21 dias. Os números de óbitos devem se iniciar a partir de hoje, devido aos 20 dias que temos desde o estado de disseminação do vírus. Os números tendem a aumentar nos próximos dias”. 

Na visão do ministro da Saúde,  Luiz Henrique Mandetta , ainda há muitas questões sobre o comportamento do vírus que continuam sem respostas. “Essa é uma história que está sendo escrita no dia a dia. Trabalhamos com cenários nos quais colocamos impressões do que pode acontecer mais na frente e vamos fazendo recomendações em cima desses cenários”, explicou durante a coletiva.

Boas notícias

Uma paciente voluntária testou nesta terça-feira (17) uma possível vacina que pode servir no combate ao Covid-19 . O caso aconteceu nos Estados Unidos e foi comentado pelo ministro da Saúde durante a coletiva de imprensa, em Brasília.

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“Vacinas não são soluções fáceis, mas são a melhor solução para lidar com o vírus. Só teremos paz em relação esse vírus quando tivermos uma vacina. Se o vírus continua, uma região menos afetada a gente não sabe como vai se comportar quando entrar em um local que não adquiriu imunidade”, disse Mandetta .

Ministro disse que está trabalhando em conjunto com outros ministérios para viabilizar a logística de alimentos e de serviços diante da pandemia. “A intenção é agir sem gerar mais problemas”.


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