O procurador-geral de Justiça do Ceará
, Manuela Pinheiro, disse nesta segunda-feira (2) que os casos mais graves de policiais
que se amotinaram no estado poderão ser punidos com a expulsão
da corporação. A paralisação
que durava 13 dias terminou na noite deste domingo (1º)
após um acordo fechado entre representantes dos três poderes do Ceará e os agentes.
"O objetivo é garantir a legalidade. Por parte dos amotinados, havia o receio de que houvesse vingança, revanche, e nada disso pode acontecer. Os processos mais graves serão punidos com expulsão e os demais, com as punições proporcionais", afirmou Pinheiro ao jornal O Estado de São Paulo . "O acordo tratou de retomar o caminho da institucionalidade", completou.
De acordo com Pinheiro, também será formada uma comissão especial para acompanhar o julgamento dos militares e os processos administrativos que serão instaurados contra eles. Farão parte desse grupo integrantes da promotoria estadual, do Ministério Público Federal (MPF), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Defensoria Pública.
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"A ideia é que a comissão externa possa ser acionada para avaliar todas as reclamações sobre possíveis excessos na apuração das responsabilidades", disse o procurador-geral.
Diante da crise na segurança no estado causada pelo motim dos policiais, a Força Nacional e as Forças Armadas foram enviadas por meio de um decreto de Lei da Garantia e da Ordem (GLO). Inicialmente o apoio duraria sete dias, mas acabou sendo prorrogado por mais uma semana antes do motim acabar.