Policiais militares amotinados no 18º batalhão, no bairro de Antônio Bezerra, Zona Oeste de Fortaleza
Jarbas Oliveira / Agência O Globo
Policiais militares amotinados no 18º batalhão, no bairro de Antônio Bezerra, Zona Oeste de Fortaleza

A Justiça estadual do Ceará mandou soltar nesta segunda-feira (2) os 46 policiais militares (PMs) presos por participação no motim no estado. Três deles foram presos logo no primeiro dia de paralisação por tentarem esvaziar os pneus dos carros da corporação. Já os outros 43 foram detidos por não respeitarem uma convocação que exigia que eles trabalhassem durante o Carnaval.

A decisão foi tomada pela vara da auditoria militar do órgão e ocorre um dia após os policiais aceitarem um acordo no noite deste domingo (1º). O motim já durava 13 dias e, desde então, a população cearense viu a violência passar por uma grande escalada, inclusive no número de assassinatos.

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A principal reivindicação dos policiais, a anistia para os militares envolvidos no motim, não foi atendida pelo governo. Eles protestavam por um reajuste salarial acima do vinha sendo proposto pelo governo estadual.

Segundo o juiz Roberto Soares Bucão Coutinho, autor da decisão, a prisão dos policiais "teve como fundamento a garantia da ordem pública e a necessidade de manter a hierarquia e disciplina". Com o fim do motim, no entanto, "a prisão, diante do novo cenário, torna-se desarrazoada". 

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