Recados foram deixados para que os ladrões das comunidades parassem de atuar.
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Recados foram deixados para que os ladrões das comunidades parassem de atuar.

Os chefes do tráfico nos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro e dos Prazeres, em Santa Teresa, proibiram os roubos na região após terem sido citados em um depoimento à Polícia Civil no último mês. No relato, Ygor Santos Loureiro da Silva, preso por tentativa de latrocínio (roubo com resultado morte), afirmou aos policiais da 9ª DP (Catete) que os assaltos praticados por criminosos das comunidades ocorrem com anuência de Cláudio Augusto dos Santos, o Jiló, Paulo Cesar Baptista de Castro, e de Paulo Cesar Baptista de Castro, o Paulinhozinho.

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Paulinhozinho é chefe do tráfico nos moros do Fallet e Fogueteiro e também da Coroa. No Prazeres, quem comanda a venda de drogas é Jiló. Diversos cartazes alertando sobre a proibição foram afixados nas comunidades. Os criminosos ainda vetaram as compras e vendas e também as trocas de produtos roubados. “A partir de hoje fica estabelecido e determinado que não será permitido a compra ou troca e venda de frutos de roubos (tais como carro, moto, telefone, ouro e etc) na nossa comunidade”, diz um dos cartazes. “Avisando aos amigos da correria (ladrão) que úlima forma de roubos na nossa comunidade. Nada, roubo zero”, diz adianta o texto.

Ygor foi preso no início do mês passado, acusado de ter baleado o superintendente de Inteligência da secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio, José Afonso Figueiredo de Almeida, numa tentativa de assalto na Zona Sul do Rio. Participaram da operação agentes do Sispen e da subsecretaria operacional da Seap. Ygor foi levado para a 9ª DP, onde prestou depoimento sobre o caso. Em seu relato, ele admitiu que pratica roubos , mas afirmou que atualmente estava “aruando mais na parte da receptação, comprando os produtos roubados de seus comparsas”.

Na delegacia, Ygor também contou que costuma vender os carros roubados em um desmanche de veículos localizado na comunidade dos Prazeres, que “recebe” todos os carros roubados na região. Ainda de acordo com ele, Jiló tem conhecimento da existência do local e permite seu funcionamento. Ygor também afirmou que o morro dos Prazeres é uma das favelas com o maior número de ladrões da região, e isso ocorre por causa da anuência do chefe da comunidade.

No depoimento, Ygor também confessou participação na tentativa de latrocínio contra o superintendente de Inteligência da Seap. De acordo com as investigações, ele agiu junto com um comparsa, Natan Belo da Silva. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público estadual pelo crime, após terem sido inidicados pela 9ª DP, e viraram réus em processo na 27ª Vara Criminal do Rio. Natan ficou foragido por mais de um mês. Na semana passada, ele foi preso na Linha Amarela.

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Com base no depoimento de Ygor, a Polícia Civil também inidiciou Jiló pelo crime. O MP, no entanto, considerou que ainda não havia “elementos sólidos” contra ele e determinou que a delegacia do Catete prossiga as investigações.

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