Jair Bolsonaro
Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira (20) que o "bicho vai pegar" no Ceará com o envio das Forças Armadas. Bolsonaro autorizou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado, afetado por por paralisação de policiais militares. O presidente disse que quem está cometendo crimes precisa entender que "o pessoal de verde está chegando" e defendeu que criminosos não podem ser tratados "com flor".

“O pessoal que está cometendo delitos, crimes nessas regiões, onde, por um motivo qualquer, por um motivo justo, estão indo as Forças Armadas para lá, tem que entender que o pessoal verde está chegando e o bicho vai pegar. Porque, se é para tratar com flor essa galera, não fiquem enchendo nosso saco e vão pedir para outras instituições para cumprir esta missão, que não seja nós”, disse, em transmissão ao vivo em suas redes sociais.

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De acordo com Bolsonaro, a situação no Ceará é de "guerra urbana". Entre 6h de quarta e 6h de quinta-feira, houve 29 assassinatos, contra uma média de seis homicídios por dia no restante do ano. “Isso é coisa de responsabilidade, coisa séria. Se estamos em guerra urbana, temos que mandar gente para lá para resolver esse problema”, afirmou Bolsonaro na transmissão.

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O decreto da GLO permitindo o emprego das Forças Armadas no Ceará foi publicado numa edição extra do Diário Oficial da União na tarde desta quinta-feira. Os militares vão poder atuar até o dia 28 de fevereiro, período que abrange o Carnaval.

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O presidente também voltou a defender o excludente de ilicitude para militares que atuam em GLO. O presidente disse que após o fim da missão vai procurar os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que um projeto dele sobre o tema possa ser votado. Bolsonaro reclamou que um soldado de 21, 22 anos atuando na segurança pública, ao reagir numa situação, pode vir a matar um inocente. Para o presidente, esse militar é um inocente que corre o risco de pegar 30 anos de cadeia.

“Vou fazer um pedido para eles. Tenho um projeto: havendo GLO , os militares têm que ter excludente de ilicitude. Terminada a missão, têm que ir para casa, não ficar preocupado com oficial de justiça”, disse Bolsonaro.

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