Ricardo Albuquerque disse que a escravidão no Brasil ocorreu porque 'o índio não gosta de trabalhar'.
MPPA / Divulgação
Ricardo Albuquerque disse que a escravidão no Brasil ocorreu porque 'o índio não gosta de trabalhar'.

O procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva voltou às atividades do cargo nesta quinta-feira (6), após ser afastado em novembro por afirmar que houve escravidão no Brasil porque o índio não gosta de trabalhar. A recondução aconteceu durante uma sessão no colégio de procuradores do Ministério Público do Pará (MP-PA).

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"Se você for ver sua família duzentos anos atrás, nenhum de nós trouxe um navio cheio de pessoas da África para ser escravizado aqui no Brasil. E não esqueçam: vocês devem ter estudado história, que o problema da escravidão no Brasil foi porque o índio não gosta de trabalhar. Até hoje", disse o procurador em um áudio que vazou nas redes sociais. 

O áudio foi gravado durante uma palestra em que o procurador falava com estudantes de Direito de uma faculdade particular localizada em Belém. A conversa tinha como eixo central uma comparação entre o Ministério Público nacional e o equivalente nos Estados Unidos. 

"O índio preferia morrer do que cavar mina, do que plantar para os portugueses e por isso que foram buscar pessoas nas tribos da África para substituir a mão de obra do índio no Brasil ", justificou Albuquerque.

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O Ministério Público do Pará  (MP-PA) repudiou as afirmações e informou, na época, que elas eram reflexos "tão somente a opinião do referido membro da instituição".  O órgão afirmou que trabalha para garantir a implementação de políticas públicas às populações negras e indígenas, como a garantia e efetivação de oportunidades iguais.

O procurador de Justiça Ricardo Albuquerque se defendeu alegando que o áudio era tendencioso e que foi retirado do contexto por quem o divulgou.


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